sexta-feira, 4 de julho de 2014

O BRASIL VISTO DE FORA





  • Lesão de Neymar na vitória contra a Colômbia é capa de jornais pelo mundo


    A foto de Neymar no chão, chorando de dor, durante o jogo do Brasil contra a Colômbia pelas quartas-de-final da Copa do Mundo, foi capa dos principais sites de notícias pelo mundo na noite desta sexta-feira (4). O camisa 10 do Brasil fraturou a terceira vérbera lombar após receber uma joelhada nas costas do jogador colombiano Zuñiga.
    Jornais especialistas em esportes, como o espanhol "Ás" e o argentino "Olé", deram destaque para a foto do brasileiro. Outros sites, como britânico "The Guardian" e o americano "USA Today" também colocaram a chamada entre as principais notícias da noite.
    Na versão internacional do site da rede de televisão americana CNN, o alto da página mostra a foto de Neymar sendo carregado em uma maca para fora do campo. "Brasil vence, mas a Copa de Neymar acabou", diz a chamada. O site diz que a Seleção Brasileira avançou à semi-final, mas a "superestrela" Neymar se machucou e os médicos descartam a possibilidade de ele jogar o resto do torneio.
    "Quebraram uma vértebra do Neymar: ele diz adeus à Copa", afirmava a manchete do "Ás" na noite desta sexta-feira. "É para chorar", disse o "Olé", referindo-se à polêmica sobre o estado emocional dos jogadores brasileiros que dominou o noticiário futebolístico durante a semana.
    "Neymar, do Brasil, está fora da Copa", anuncia o "The Guardian" na principal chamada sobre o mundial de futebol. "Neymar, a estrela do Brasil, fora da Copa com uma vértebra fraturada", afirmou o "USA Today".


    Capa do site "Ás", na edição América:



    Página principal do jornal "Olé", da Argentina:
    Home do jornal "The Guardian", do Reino Unido:

    Site do USA Today traz a foto de Neymar entre as principais notícias:

  • Judeus brasileiros enfrentam o dilema entre seguir a Copa ou seguir a religião


    A comunidade judaica no Brasil tem vivido um novo dilema nesta Copa do Mundo. Pela segunda vez, o jogo do Brasil coincide com o Shabbat, o dia de descanso do judaímos. No sábado passado, isso aconteceu na partida entre Brasil e Chile, pelas oitavas-de-final. O Shabat começa no por-do-sol da sexta-feira e, durante o período de descanso, os judeus que seguem a religião à risca evitam qualquer tipo de atividade considerada "trabalho". Nesta sexta (4), esse horário está previsto para as 16h58 no Rio de Janeiro, apenas dois minutos antes do apito inicial da partida das quartas-de-final entre Brasil e Colômbia.
    O jornal israelense "The Times of Israel" ouviu diversos brasileiros que seguem a religião à risca e agora lidam com a frustração de ter o jogo marcado justo no dia sagrado da religião. Ligar a televisão é uma das atividades consideradas proibidas no período (leia a reportagem, em inglês).
    A reportagem entrevistou um rabino de São Paulo, sobre o jogo do último sábado. "Tivemos o almoço de Shabbat durante o jogo do Brasil contra o Chile, e no fim da refeição só havia cerca de 10 pessoas, quando temos geralmente de 50 a 60. De todas as formas, o segurança entrou correndo na sala para nos contar o que estava acontecendo", disse ele ao jornal.
    O rabino brincou que a Fifa, assim como o jogador uruguaio Luis Suárez, também deveria ser banida por marcar um segundo jogo do Brasil no horário do Shabbat. Mas, segundo ele, é preciso ter fé de que o Shabbat é mais importante para a comunidade judaica.
    "Mesmo se eles não ligarem a TV, algumas pessoas assistem [ao jogo] no lobby com os porteiros", admitiu um rabino do Rio de Janeiro ao "The Times of Israel".

    Um dermatologista judeu ortodoxo contou que, no último sábado, passou o dia em casa com outro amigo que segue a religião e não tem uma televisão. Mas, na hora dos gols, a gritaria nas ruas os levou até a janela para saber o que estava acontecendo, diz a reportagem. "Como todos os brasileiros, somos fãs, e a felicidade do país é boa para todos", disse ele.

  • 'NYT' relata paradoxo entre protesto pré-Copa e a aprovação do Mundial

    Reportagem do NYT fala da relação entre protestos e aprovação da Copa











    O paradoxo entre as manifestações que antecederam a Copa do Mundo e aprovação da organização do Mundial de 60% dos brasileiros identificada pelo Datafolha foi tema de reportagem do site do jornal americano "The New York Times." O título diz 'Brasil melhora à medida que a Copa avança'. (leia a reportagem, em inglês)
    O texto exemplifica o fenômeno com a história do editor de uma empresa de vídeo Raphael Rabelo, de 24 anos, que participava de manifestações contra a corrupção e gastos em estádios para a Copa há um ano, e agora, está colado na televisão para acompanhar as partidas da Seleção Brasileira. "Meu coração está dividido. De um lado há a seleção que eu aprendi a amar e respeitar desde pequeno, e por outro uma organização que só quer sair daqui levando o dinheiro e os sonhos das pessoas", diz Rabelo, na reportagem.
    O "The New York Times" lembra que na época anterior ao ínicio da Copa, até lendas brasileiras do futebol, como Ronaldo Nazario, que ajuda o Brasil a conquistar o pentacampeonato, em 2002, expressou a vergonha sobre a preparação do país. Agora o discurso mudou. "Estamos vivendo um sonho", afirma, segundo o jornal, em referência à recepção amigável de centenas de milhares de visitantes.
    A queda do viaduto em Belo Horizonte ocorrida nesta quinta-feira (3) também é citada na reportagem. O texto diz que a preocupações com a segurança dos projetos de construção da Copa do Mundo reacenderam com o acidente que matou pelo menos duas pessoas e feriu outras 15, segundo a reportagem.
  • Al Jazeera debate a desigualdade em Fortaleza antes de Brasil x Colômbia


    A rede de televisão árabe "Al Jazeera" visitou Fortaleza para debater a desigualdade social na cidade do jogo entre Brasil e Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo. Segundo o correspondente do canal no Brasil, Gabriel Elizondo, na "capital brasileira do surfe", uma das capitais brasileiras que mais atraem turistas, as "profundas divisões econômicas permanecem escondidas nas sombras" (assista à reportagem, em inglês).
    Ele visitou uma comunidade onde vivem 500 famílias, em meio a esgoto a céu aberto, ratos e mosquitos da dengue. Mais de 90 casas no local foram destruídas para a construção de uma linha de trem, parte do projeto de mobilidade da Copa do Mundo para a cidade.
    Muitos moradores recusaram o pagamento de 30 mil dólares (cerca de R$ 65 mil) do governo para deixarem suas casas. Eles dizem que o valor é baixo demais, afirma o repórter. De acordo com ele, do outro lado da linha, apartamentos são vendidos a mais de R$ 800 mil.
    O resultado da obra ainda não chegou: mesmo com a Copa chegando em suas fases finais, a obra ainda está inacabada, e deixou "um cenário de guerra" na região.
    A reportagem lembra que, segundo dados oficiais do governo, os projetos sociais do Brasil retiraram 36 milhões de pessoas da pobreza na última década. Mas, em Fortaleza, "a Copa aumentou o contraste entre ricos e pobres", diz uma moradora local.
  • Jornais pelo mundo repercutem queda de viaduto em Belo Horizonte

    A notícia da queda de um viaduto na Pampulha, em Belo Horizonte, que matou pelo menos uma pessoa e deixou várias feridas nesta quinta-feira (3), repercutiu pelo mundo, que há quase um mês tem os olhos voltados ao Brasil. Em alguns veículos internacionais, como o jornal britânico "The Guardian", o título da reportagem foi "Viaduto em cidade-sede da Copa do Mundo cai sobre veículos". O jornal citou ainda que a obra deste viaduto fazia parte do pacote de infra-estrutura prometido para o mundial de futebol.
    "Um viaduto em construção colapsou nesta quinta em uma cidade-sede da Copa do Mundo, matando ao menos duas pessoas", noticiou o site de uma afiliada da rede de televisão americana ABC, com informações da agência de notícias Associated Press.
    diário espanhol "El País" lembrou que o viaduto estava prestes a ser inaugurado e que a obra está "próxima do estádio das semi-finais da Copa".

    jornal britânico "London Evening Standard" também noticiou o incidente, destacando que, com a queda, o viaduto prendeu "um ônibus cheio de passageiros, dois caminhões e um carro".
  • 'La Nacion' destaca rivalidade ´pacífica' entre torcidas brasileira e argentina

    La Nacion destaca rivalidade entre torcidas
    O site do jornal argentino "La Nacion" publicou uma reportagem nesta quinta-feira (3) sobre a rivalidade histórica entre a torcida brasileira e argentina no futebol. O título diz 'Torcedores argentinos versus brasileiros: da convivência pacífica ao duelo de provocações'.
    O texto cita a confusão no bairro Vila Madalena, em São Paulo, em que a polícia militar teve que interceder com gás lacrimogêneo para evitar uma briga entre brasileiros e argentinos. Aborda também as cenas de tumulto ocorridas nas arquibancandas da Arena Corinthians, além das intimidações e provocações recíprocas (leia o texto original, em espanhol).
    É possível assistir um vídeo, incluído na reportagem, que mostra a torcida argentina no Brasil cantando um 'hit' que diz que 'Maradona é melhor do que Pelé'.
    Para o "La Nacion", a rivalidade é acentuada, muitas vezes, pelo consumo excessivo de álcool, e a Fifa tem sua parcela de culpa, pois sucumbiu ao pedido do Brasil de alterar a legislação e permitir a venda de cerveja dentro dos estádios durante o Mundial.






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