quarta-feira, 9 de julho de 2014

Israel ataca mais 160 alvos em Gaza e Hamas lança foguetes contra Tel Aviv

Fogo cruzado na Faixa de Gaza. / ATLAS
Um foguete lançado por milicianos palestinos da Faixa de Gaza atingiu a localidade de Zikron Yaakov, a 125 quilômetros de distância. Tel Aviv também foi alvo de ataque nesta quarta-feira com pelo menos cinco foguetes M75, que foram interceptados nas imediações da cidade, segundo a rádio do Exército citada pela France Presse. A Cúpula de Ferro, sistema antimísseis de Israel, neutralizou os cinco. Foguetes de longo alcance foram disparados a partir da Faixa de Gaza pelas milícias do Hamas contra outras grandes cidades, como Jerusalém (no centro) e Hadera (a 100 quilômetros ao norte de Gaza), mas não causaram vítimas fatais. MAIS INFORMAÇÕES Israel ataca a Faixa de Gaza em uma grande operação aérea A terceira ofensiva contra a Faixa de Gaza desde que o Hamas controla o território Israel bombardeia Gaza após encontrar os corpos dos desaparecidos
 A ofensiva em Gaza Israel continuou durante a madrugada de quarta-feira o bombardeio do território palestino, onde vivem 1,8 milhão de pessoas.As Forças Armadas realizaram 160 ataques contra lançadores de foguetes, depósitos de armas, dez túneis de contrabando e dez postos de controle e comando. Desde o início da ofensiva, na terça-feira, 27 pessoas morreram na Faixa de Gaza, incluindo 18 civis, cinco dos quais eram crianças, de acordo com fontes dos serviços de emergência palestinos. Outras 150 pessoas ficaram feridas. O Governo de Benjamin Netanyahu autorizou na terça-feira o envio de até 40.000 novos reservistas – que se somariam aos1.500 soldados já posicionados na fronteira – para a terceira operação militar de grande escala contra Gaza desde 2007, quando o Hamas assumiu o controle do pequeno território de 360 quilômetros quadrados e de seu Executivo. Segundo os porta-vozes israelenses, o Hamas tem "dúzias" de projéteis de longo alcance. Na noite de terça-feira, três foguetes disparados de Gaza atingiram as proximidades de Jerusalém, cinco chegaram à zona de Tel Aviv e um a Hadera (norte do país), causando alarme considerável. Há dois anos as sirenes de ataque aéreo não soavam nas duas grandes cidades. "Nenhum país vive sob esta ameaça e nenhum país aceitaria essa ameaça", disse Netanyahu terça-feira, segundo a BBC. Enviar vídeo Netanyahu amplia sua ofensiva contra a Faixa de Gaza. / REUTERS LIVE! A Cúpula de Ferro interceptou dezenas dos 154 foguetes disparados. O Hamas afirma que têm capacidade de chegar aHaifa, a terceira maior cidade de Israel, situada no norte do país. Grandes cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Hadera estão sendo alvos dos mísseis do Hamas, não há vítimas fatais O primeiro-ministro Netanyahu ordenou que suas tropas "estejam preparadas" para uma possível invasão terrestre da Faixa de Gaza, que seria a primeira desde o fim de 2008. De acordo com o Exército, os ataques visavam 120 posições de lançamento de foguetes, 10 postos de comando e organização do Hamas e túneis usados pelo grupo islâmico. Um ataque com morteiros paralisou no meio da manhã o já escasso tráfego de pessoas entre Gaza e Israel. Segundo informou de manhã a imprensa israelense, um ataque na localidade de Beit Hanoun, a noroeste da Faixa, matou seis pessoas, incluindo um destacado militante do Jihad Islâmico – braço armado do Hamas – e vários membros de sua família. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu a "suspensão imediata dos ataques a Gaza". O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon alertou, porém, que a operação militar "não terminará em poucos dias". As Forças Armadas de Israel posicionaram duas brigadas de infantaria nas proximidades da Faixa. Netanyahu ordenou "uma operação longa, contínua e muito poderosa" em Gaza. O primeiro-ministro reconhece que a operação "pode se prolongar" por tempo indeterminado e argumenta que é dirigida contra o Hamas e tem como objetivo interromper o lançamento de foguetescontra o território israelense. A Jordânia, que assinou um tratado de paz com Israel, "condena a agressão militar lançada por Israel na Faixa de Gaza" e pede sua suspensão imediata. Mohamed Momani, porta-voz do Governo, alertou nesta quarta-feira para "as consequências desta agressão bárbara"

Nenhum comentário:

Postar um comentário