O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta sexta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, seja transferido para o presídio federal em Porto Velho (RO). O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do habeas corpus no qual o vereador pede prisão domiciliar.
O pedido do procurador foi feito após o resultado de um relatório médico, divulgado na quinta (15). A junta médica, formada por dois servidores do Supremo, concluiu que Marco Prisco “não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar.
"O laudo é bastante claro: não há necessidade de internação hospitalar, de modo que não mais subsiste à manutenção do interessado no nosocômio [hospital]. A hipótese é de, em cumprimento ao que já determinado, presentes os requisitos da prisão preventiva, seja ele encaminhado para o Presídio Federal em Porto Velho.", afirmou Janot.
Marco Prisco foi preso em Salvador, no dia 18 de abril e transferido para Presídio da Papuda, no Distrito Federal, porque a ordem judicial determinou que ele deve ficar recolhido em instituição prisional federal.
Prisco foi preso no dia 18 de abril e transferido para Brasília (Foto: Robson Mendes/Arquivo CORREIO)
Prisco é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia e vereador pelo PSDB em Salvador. Ele liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado no dia 17 de abril. A prisão do vereador, no entanto, foi motivada por outra greve, também encabeçada por ele.
No último dia 3, Prisco precisou ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após passar mal no Complexo Penitenciária da Papuda, em Brasília. Os advogados do vereador chegaram a afirmar que ele havia sofrido um infarto, o que foi descartado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
De acordo com a defesa do vereador, Prisco precisou ser internado após ter sido ameaçado pelos outros presos por ser um ex-policial militar. Houve uma tentativa de fuga no presídio e os detentos o acusaram de ser o informante.
Na noite de quarta-feira (14), ele foi transferido para o Hospital Regional Asa Norte, onde está internado na Papudinha, uma ala especial para detentos do Complexo Penitenciária da Papuda. A Secretaria de Saúde considerou que não havia mais necessidade de que Prisco permanecesse internado no Hospital de Base.
fonte: correio da bahia
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