domingo, 18 de maio de 2014

MOVIMENTOS SOCIAIS OCUPAM FAZ. DE EUCALIPTO EM ENCRUZILHADA.

Reportagem: Rafael Jesus para Jornal a Voz do Povo - Encruzilhada - Bahia
MOVIMENTOS SOCIAIS OCUPAM FAZ. DE EUCALIPTO EM ENCRUZILHADA. 
Os eucaliptos estavam sendo plantados em área de floresta nativa. Os Movimentos Sociais, compostos por, MST, MPA, CETA, MTD, CAQ-TVC, ocuparam na madrugada desse último sábado, dia 17, a fazenda localizada próxima às nascentes do Rio Água Preta, no município de Encruzilhada, pertencente a Kalé Resende e seus filhos, e que vem realizando indiscriminadamente desmatamento da vegetação, da mata-de-cipó, para o plantio de eucalipto numa área declarada de 400 hectares.  


Os Movimentos denunciam os crimes ambientais, e os impactos sociais negativos produzidos por essa monocultura, que já ocupa mais de 20% de todo o território de Encruzilhada. Em ato público e pacífico realizado nessa manhã, os Movimentos distribuíram 2 mil panfletos alertando a população para o risco de extinção das nascentes do Rio Água Preta. Em decorrência da invasão dessa monocultura, que já ocupa mais de 80 mil hectares plantados na região sudoeste do estado, as águas e solos vêm sendo envenenadas com glifosato e sulforamida, que são altamente tóxicos e cancerígenos. Como alternativa a este modelo danoso de desenvolvimento, os movimentos defendem uma agropecuária sem o uso de recursos químicos, pautadas nos princípios da agroecologia, que preservam o meio ambiente e produzem alimentos livres de venenos e agrotóxicos. Nesse sentido, foram distribuídos a população de Encruzilhada mais de 1,2 tonelada de alimentos orgânicos doados pelos pequenos agricultores, assentados, e ocupantes do município, e membros do MST, MPA, CETA, MTD, CAQ-TVC. Essa ação faz parte da Jornada de Lutas desencadeadas por esses movimentos no estado da Bahia, na capital e no interior, durante o mês de Maio, e mostra o estágio de mobilização e trabalho conjunto em defesa do meio ambiente e de um modelo de desenvolvimento sustentável. Serve também para alertar aos proprietários sobre o risco que correm ao destruir a vegetação nativa para investir em atividades consideradas nocivas à vida, como a água e os demais recursos naturais.

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