SÃO PAULO, 10 Fev (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia reafirmou em nota nesta segunda-feira que o fornecimento de energia elétrica do país está assegurado "em quantidade e qualidade necessárias ao adequado atendimento de todos os consumidores", apesar da queda dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Os critérios de planejamento do setor elétrico, segundo o Ministério, fazem com que sempre haja um excedente de energia que garante o suprimento mesmo com eventuais atrasos de algumas obras de geração.
"Apesar das adversidades climáticas que o país enfrenta, com a consequente redução da afluência hídrica aos reservatórios das usinas hidrelétricas, o fornecimento de energia elétrica do País está assegurado, em quantidade e qualidade necessárias ao adequado atendimento de todos os consumidores", disse o ministério em nota, ao responder notícias da imprensa sobre as condições para o abastecimento energético do país.
Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, os principais para abastecimento do país, estão no segundo nível mais baixo desde 2001, ano do racionamento de energia, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê poucas chuvas em fevereiro, insuficientes para plena recuperação das represas. Os dados de operação indicam que todas térmicas do país estão acionadas e a demanda de energia em alta diante do forte calor.
"O planejamento do setor elétrico brasileiro considera um cenário conservador em relação ao consumo de energia. Além disso, com vistas à segurança, contrata-se nos leilões de reserva uma capacidade de geração adicional para atender o crescimento do mercado", acrescentou.
A nota ainda informa que a transmissão de energia do setor elétrico também garante "um nível de segurança mesmo em caso de eventuais atrasos de obras".
A alta demanda de energia principalmente no Sudeste e Sul tem provocado a exportação de energia do Norte para essas regiões, por meio de linhas de transmissão. Na semana passada, dois curto-circuitos em linhas no Tocantins que traziam energia do Norte para o Sul do país resultaram em corte no fornecimento de energia de cerca de 6 milhões de pessoas em diversos Estados.
(Por Anna Flávia Rochas)
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