segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Brasil deve isso a você, Pelé!

REI PELÉ
13 de julho de 2014. O mundo do futebol celebra seu novo campeão. A Alemanha, tetra com o axé da Bahia e de Cabrália, sua casa no Brasil. Tetra merecido e conquistado com méritos. E nós na Tribuna celebramos a última edição do Caderno da Copa. Mas queremos fazer nesta edição histórica, que bem gostaríamos que fosse toda ela verde e amarela, uma homenagem a um personagem que praticamente passou, inexplicavelmente, esquecido nesta Copa. Se hoje somos o país do futebol, título que ano após ano perde seu brilho e seu encanto, muito devemos a Ele. Se somos pentacampeões do mundo, três desses títulos muito devemos a Ele, único no mundo a ganhar três Copas com a bola nos pés. Nossa homenagem vai para o brasileiro Edson Arantes do Nascimente, ou simplesmente Pelé. Homenagem, não. Um pedido de desculpas. Em nosso nome e de todo o povo brasileiro. Desculpa, Pelé, por termos passado toda a Copa sem lembrarmos pelo menos uma vez ao dia o seu nome, o seu exemplo, a sua genalidade. A sua história. O ídolo eterno. Desculpa, Pelé, por não termos convidado você para os muitos debates esportivos na TV onde gente muito menos qualificada ocupou o vídeo para palpitar sobre futebol, táticas e formações, esquecendo sua sabedoria. Como fomos estúpidos, Pelé! Desculpa, Pelé, se perdemos a oportunidade de aproveitar o evento e mostrar na TV, a nossas crianças que tanto se emocionaram com o Brasil nesta Copa e elegeram Neymar e David Luiz como ídolos, que o maior jogador de futebol do mundo em todos os tempos é brasileiro. É você, Pelé! E não se apaga a história, ainda mais uma história de tantas alegrias e da qual tanto nos orgulhamos. Desculpa, Pelé, se as emissoras de TV não tiveram a sensibilidade de produzir belas matérias com você, um documentário sobre sua história nos campos da vida, nos estádios onde reinou supremo, onde parecia mágico com a bola nos pés. Onde foi mito. Desculpa, Pelé, se eles não tiveram a sensibilidade para homenageá-lo, mostrando seus gols incríveis, seus dribles mágicos, seus passes geniais, as incríveis tabelinhas com Coutinho, Tostão e outros, para que os mais jovens pudessem conhecê-lo melhor e os mais velhos reverenciá-lo, mais e mais, como você merece, eterno Rei. Desculpa, Pelé, lenda viva do esporte, gênio da bola, atleta do século, se numa Copa em seu país você foi completamente esquecido, relegado ao ostracismo. Saibam os desinformados que, no seu reinado em campo, o Brasil ganhou três das quatro Copas que disputou e jamais tomou sequer 4 gols num mundial, quanto mais os humilhantes 7 do trágico Mineirazo. Desculpa, por fim, Pelé, se não lhe reservaram uma cadeira sequer para a abertura da Copa e ontem, no Maracanã, foi um anônimo espectador. Por justiça, antes de tudo, caberia a você, no mínimo, entregar a taça de campeão do mundo. Ninguém mais do que você merecia essa derradeira e tardia honra. Sinceramente, Pelé, aceite nossas desculpas. E nada de Maradona ou Messi. Aliás, ele quase não apareceu ontem. Daí, Pelé, para nós, assim como para milhões e milhões de brasileiros, você será único, o maior de todos na arte de jogar com a bola nos pés. O Rei do futebol. Nosso Eterno Rei. O Rei Pelé!

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