quinta-feira, 31 de julho de 2014

UEFS divulga aprovados para o segundo semestre de 2014

Período de matrículas vai de 7 a 14 de agosto

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) divulgou na tarde desta quinta-feira, 31, a relação dos candidatos convocados na primeira chamada do vestibular para o segundo semestre de 2014. A lista dos aprovados está disponível no site da Universidade. A matrícula será realizada no período de 7 a 14 de agosto, em dia e horário definidos de acordo com o curso. Para se matricular, o candidato aprovado deve apresentar o formulário de cadastro de alunos da graduação preenchido além dos documentos descritos no edital, ambos também disponíveis no site da instituição. Para mais informações, a Uefs disponibiliza ainda o número (75) 3161-8011, da Coordenação de Seleção e Admissão.

Para EUA, bombardeio de Israel a instalação da ONU é "totalmente inaceitável"


WASHINGTON (Reuters) - O bombardeio a uma instalação da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza nesta semana pelo Exército israelense é "totalmente inaceitável e totalmente indefensável", disse um porta-voz da Casa Branca nesta quinta-feira. Israel fala frequentemente sobre a importância de proteger a vida de civis, mas os Estados Unidos acreditam que o governo e os militares israelenses não estão fazendo o suficiente para isso, afirmou o porta-voz Josh Earnest em uma entrevista coletiva. "O bombardeio a uma instalação da ONU que está abrigando civis inocentes que estão fugindo da violência é totalmente inaceitável e totalmente indefensável", afirmou o porta-voz. Autoridades de saúde de Gaza dizem que mais de 1.400 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos no enclave. Israel afirma que 56 de seus soldados e três civis morreram por foguetes disparados pelo grupo militante Hamas. "Acreditamos que o governo israelense e os militares israelenses precisam fazer mais para viver de acordo com os próprios padrões que eles estabeleceram para proteger civis inocentes", disse Earnest. Ele pediu a Israel para acabar com a operação terrestre em Gaza, dizendo: "Esses relatos de que centenas de civis palestinos inocentes foram mortos são trágicos." Earnest repetiu os apelos dos EUA por um cessar-fogo imediato e instou o Hamas a parar de disparar foguetes contra civis israelenses. O Pentágono também apelou a Israel nesta quinta-feira para fazer mais para proteger civis durante suas operações militares na Faixa de Gaza. (Reportagem de Eric Beech)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Namorada de Zezé Di Camargo é criticada ao posar com fuzil

Graciele Lacerda postou a imagem nas redes sociais e comentou na legenda: "mexe comigo agora"

A jornalista Graciele Lacerda causou o maior alvoroço na terça-feira (29), ao postar uma foto no perfil do Instagram. A namorada de Zezé Di Camargo posou na rede social com um fuzil nas mãos e, na legenda, comentou: "mexe comigo agora". A imagem chamou a atenção e Graciele foi alvo de críticas dos seguidores. "Cuidado com esta foto. Esta arma não é para estar na mão", escreveu um internauta. "Foto ridícula", disparou outro. "Apaga essa foto! Você pode se prejudicar", comentou o terceiro. Após toda a polêmica, a namorada do sertanejo deletou a imagem do Instagram.
Fonte: Correio da Bahia.

domingo, 27 de julho de 2014

Eleita a rainha da Vaquejada de Serrinha 2014 Peão e princesas da festa também foram escolhidos na noite deste sábado (26), no Parque Maria do Carmo

Peão e princesas da festa também foram escolhidos na noite deste sábado (26), no Parque Maria do Carmo  

A bela Naiane Oliveira, de 20 anos, foi coroada Rainha da Vaquejada de Serrinha 2014, na noite deste sábado (26), no Parque Maria do Carmo, distante 170 quilômetros de Salvador. Naiane concorreu com 40 candidatas pelo reinado da vaquejada, considerada a maior do Brasil. Foto: Divulgação A jovem serrinhense, enfermeira por formação, disse que não esperava ser a vencedora do concurso, por conta da beleza das concorrentes, mas que ao ouvir o resultado se sentiu maravilhosa. "Estou muito feliz pelo título e acredito que vou representar muito bem minha cidade", completou. Como premiação, a rainha levou para casa uma moto 0KM, R$2 mil reais e um book fotográfico. Além da rainha, também foram eleitos o Peão da Vaquejada e as Princesas. Felipe Boaventura Lima, de 22 anos, venceu a disputa entre os homens. Ele é modelo, reside em Conceição do Coité, e já acumula no currículo dois títulos de Mister Bahia. Já os títulos de 1ª e 2ª Princesa ficaram com Adriele Araújo e Estefani Medeiros. Elas são de Conceição do Coité e Teofilândia, respectivamente. Os jurados avaliaram os candidatos nos seguintes requisitos: beleza, simpatia, elegância e desenvoltura. A abertura das inscrições para candidatos de todas as cidades da Bahia foi a grande novidade deste ano na Festa da Rainha. O evento marca a abertura oficial da Vaquejada em Serrinha, que acontece de 4 a 7 de setembro. 
 Reportagem iBahia

sábado, 26 de julho de 2014

O maior inimigo do homem no reino animal não mede mais do que 2 cm: são as fêmeas do mosquito Anopheles, mais conhecidos como mosquito-prego.











O maior inimigo do homem no reino animal não mede mais do que 2 cm: são as fêmeas do mosquito Anopheles, mais conhecidos como mosquito-prego. Elas hospedam o parasita causador da malária, doença responsável por ao menos 1 milhão de mortes todos os anos em várias partes do mundo. A segunda maior ameaça animal também vem por meio de picadas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As serpentes venenosas são responsáveis por 125 mil mortes por ano. E o maior número de vítimas está na Ásia: entre 25 mil e 35 mil morrem ao ano, principalmente em países como Índia, Paquistão e Mianmar.

Cacique do sul da Bahia é preso antes de ter audiência em Roma com o Papa


No dia 24 de abril, Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau Tupinambá, se entregou à Polícia Federal logo após participar, em Brasília, de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Um dos vários caciques atuantes no sul da Bahia, na região da Serra do Padeiro, Babau é suspeito de participar do assassinato de um pequeno agricultor, em fevereiro de 2013. No início do ano, o governo federal enviou o Exército a fim de controlar os violentos confrontos entre índios e produtores rurais. O mandado de prisão havia sido expedido mais de dois meses antes, no dia 20 de fevereiro, por um juiz da Vara Criminal da comarca de Una (BA). Às vésperas da audiência, em Brasília, organizações indigenistas foram informadas que Babau podia ser preso a qualquer momento. Na ocasião, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) disse que o objetivo era impedir que o líder tupinambá viajasse a Roma. Convidado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a qual o Cimi é vinculado, Babau participaria de uma audiência com o papa Francisco, a quem planejava denunciar a violência contra os povos indígenas brasileiros. Babau nega envolvimento com o homicídio e também acusou a tentativa de criminalizar o movimento indígena. Ainda assim, passou nove dias preso no Departamento Especializado da Polícia Federal, na capital federal, até ser solto por força de um habeas corpus concedido pelo ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que conclui ser desnecessária a prisão de Babau na fase em que o processo se encontrava. Para o Cimi, a prisão foi uma estratégia governamental para que o líder tupinambá não denunciasse internacionalmente as violações que os povos indígenas vêm sofrendo, como a decisão política de suspender os procedimentos demarcatórios de novas terras indígenas que estão em curso. Babau já havia sido preso em 2010 por comandar a invasão de fazendas de Ilhéus, Buerarema e Una, entre outras acusações. “O conflito no Sul da Bahia é seríssimo. E foi causado pela inércia do Estado brasileiro em demarcar a terra indígena, mesmo já havendo um parecer da Funai [Fundação Nacional do Índio] indicando que as terras pertencem aos povos indígenas”, declarou o presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia, André Augusto Salvador Bezerra. Desde que índios do sul da Bahia decidiram ocupar fazendas a fim de obrigar o governo federal a concluir o processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, a tensão entre indígenas e não índios vem aumentando. Em 2013, um índio tupinambá foi morto e umtrabalhador rural, baleado. O foco maior do conflito está na cidade de Buerarema, mas também há fazendas ocupadas em Una, São José da Vitória e em Ilhéus. A área reivindicada pelos índios foi delimitada pela Funai em 2009 e mede 47.376 hectares (um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial), estendendo-se da Serra do Padeiro ao litoral sul baiano, na região de Olivença. Ainda é necessário que o Ministério da Justiça reconheça a terra como território tradicional indígena, e que a Presidência da República homologue a área.
Fonte: Tribuna da Bahia.

Piloto de avião que caiu no oeste baiano sai de coma induzido

A piloto Ana Maira Moraes, que estava no avião experimental que caiu na quinta-feira no oeste baiano, saiu do coma induzido em que estava, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital do Oeste na manhã deste sábado (26). Ana Maria continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade, em estado de saúde grave, porém estável. O fotógrafo Rui Rezende, a outra vítima do acidente, também segue internado na UTI. Ele tem quadro grave e instável e uma lesão na coluna. Piloto e fotógrafo estavam em avião que caiu
(Foto: Informe Cidade) Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), eles faziam um voo panorâmico por cima de uma plantação de algodão para que Rezende fotografasse quando o acidente aconteceu, no final da manhã de quinta. O avião é considerado experimental porque é regularizada com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas não é homologada. Por conta disso, a Polícia Civil é responsável pela perícia. As causas do acidente ainda são investigadas.
FONTE:CORREIO DA BAHIA.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Morre aos 87 anos escritor e dramaturgo Ariano Suassuna

Em agosto do ano passado, ele sofreu um infarto do miocárdio e um aneurisma cerebral

O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, de 87 anos, morreu nesta quarta-feira (23). Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português de Recife, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. O Real Hospital Português, onde Suassuna estava internado desde segunda-feira, 21, divulgou nota informando que o falecimento ocorreu às 17h15. O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana. O enterros será às 16h da quinta-feira, no cemitério Morada da Paz em Paulista, na Grande Recife. Em agosto do ano passado, ele já havia sofrido um infarto do miocárdio e um aneurisma cerebral. Autor de obras como “O Auto da Compadecida”, “Uma mulher vestida de sol” e “Romance da Pedra do Reino”, Ariano Suassuna foi o idealizador do Movimento Armorial, na década de 1970 - arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina em todas as áreas música, dança, artes plásticas.
Ele foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Suassuna deu aula-espetáculo na sexta-feira, em Garanhuns, no agreste pernambucano, dentro da programação do Festival de Inverno da cidade, quando falou sobre o compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (1904-1997), autor de frevos consagrados. Vida dedicada à cultura Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Ele continuou ativo mesmo com problemas de saúde e falava sobre a morte, como em sua última visita a Salvador, na quarta-feira passada. Em dezembro de 2013, em uma de suas aulas-espetáculo, ele também falou do tema. "No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra", afirmou. Suassuna foi secretário estadual de Cultura no período 1994-1998, durante o governo de Miguel Arraes (1916-2005) e assumiu o mesmo cargo, como secretário especial no primeiro mandato do governo Eduardo Campos (PSB), neto de Arraes, em 2007. Seu foco sempre foi o da valorização da cultura popular, posicionando-se também contra qualquer estrangeirismo da língua portuguesa. Engajado na campanha presidencial de Campos, esteve presente no lançamento da sua candidatura em Brasília e participou, no dia sete, de um encontro da militância do candidato, no Paço Alfândega, no Recife.

Adaptação do "Auto da Compadecida" fez sucesso (Foto: Divulgação) O escritor era torcedor do Sport Recife. "Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval", afirmou na época de uma homenagem do Galo da Madrugada, maior bloco de rua - ele pediu que as cores vermelho e preto, do clube, fossem usadas na decoração. O autor deixou 6 filhos e 15 netos.

Paulo Souto venceria para governador no 1º turno com 42% dos votos, diz pesquisa Ibope

Pesquisa encomendada pelo CORREIO trouxe resultado similar em maio

O ex-governador Paulo Souto seria eleito para o governo da Bahia no primeiro turno com 42% das intenções de votos, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (23) pela TV Bahia. A pesquisa é a primeira com os candidatos já confirmados pelos partidos e tem margem de erro de 3 pontos percentuais. Lídice (PSB) aparece em segundo lugar, com 11% das intenções de voto. O candidato do PT, Rui Costa, tem 8% das intenções de voto. Da Luz (PRTB), com 2%, Marcos Mendes (PSOL), com 1%, e Renata Malet (PSTU), com 1%, aparecem em seguida. Brancos e nulos somaram 18% e indecisos chegam a 17%. O Ibope também levantou a rejeição dos candidatos. Da Luz aparece na frente, com 27% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. Lídice é a segunda, com 20%. Paulo Souto e Rui Costa aparecem empatados com 18%. Marcos Mendes e Renata Malet aparecem com 13% cada. Não rejeitaram nenhum dos candidatos 11% dos entrevistados. Outros 25% não souberam ou não opinaram. O Ibope ouviu 1008 eleitores entre 19 e 21 de julho em 59 municípios baianos. A pesquisa foi registrada no TRE com número 00006/2014 e no TSE com número 00237/2014. Em maio, pesquisa Ibope encomendada pelo CORREIO mostrava que o ex-governador Paulo Souto (DEM) venceria as eleições ainda no primeiro turno, com o mesmo percentual de intenção de votos - 42%.
Fonte: Correio da Bahia.

Governo Wagner é "regular" para 39% da população, diz Ibope

Para 23%, o governo pode ser considerado bom e para outros 17% é péssimo.
Governador Jaques Wagner
A pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (23) pela TV Bahia também ouviu os entrevistados sobre o atual governo. Para a maioria dos eleitores, a gestão de Jaques Wagner é "regular". Essa foi a opinião de 39% dos entrevistados pelo instituto. Para 23%, o governo pode ser considerado bom e para outros 17% é péssimo. Para 10% a gestão atual é ruim e 6% a consideram ótima. Não souberam ou não opinaram 4%. O Ibope ouviu 1008 eleitores entre 19 e 21 de julho em 59 municípios baianos. A pesquisa foi registrada no TRE com número 00006/2014 e no TSE com número 00237/2014. Na corrida para eleição do novo governador, o Ibope indicou que Paulo Souto (DEM) continua à frente, com 42% das intenções de voto, percentual que indica, no momento, vitória ainda no primeiro turno. A ex-prefeita de Salvador, Lídice, aparece com 11% das intenções de voto. O terceiro candidato mais citado é Rui Costa, do PT, com 8% das intenções de voto.
Fonte: Correio da Bahia.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Uma égua da rainha Elizabeth tem resultado positivo em exame antidoping

A rainha Elizabeth com ‘Estimate’, vencedora do Gold Cup em 2013. / AFP
As drogas são uma tentação da qual nem os cavalos dos estábulos reais estão a salvo. Estimate, a égua que em 2013 venceu o famoso 
Gold Cup, importante competição realizada todo verão no hipódromo de Ascot, e ficou em segundo lugar na edição deste ano, foi reprovada no exame antidoping. A notícia, anunciada por um porta-voz do Palácio de Buckingham, certamente despertou a fúria de Elizabeth II. A rainha é proprietária da égua em cujo sangue foram encontrados traços de morfina. A notícia manchou a reputação do haras da rainha, um dos maiores no Reino Unido e na Europa. Seus cavalos são grandes vencedores do calendário hípico anual. Existe uma verdadeira veneração por esses espécimes e sua trajetória imaculada, como tudo o que rodeia sua proprietária. Quando um deles está ganhando uma corrida, os espectadores britânicos costumam inclinar a cabeça em sinal de respeito e felicitações a Elizabeth II. Como explicou a British Horseracing Authority (BHA), dedicada ao controle dos cavalos de corrida que competem no Reino Unido, as análises feitas em Estimate depois de participar de Ascot este ano deram positivo para morfina, uma substância que não aumenta a potência do cavalo, mas cujo uso é proibido por eliminar qualquer dor que o animal poderia sentir, favorecendo assim o seu rendimento. Mas Estimate não foi a única com resultado positivo. Outros quatro cavalos foram pegos com a mesma substância em seu organismo. John Warren, o assessor da rainha para assuntos relativos aos cavalos de corrida, atuou como porta-voz e falou sobre o incidente: “Em princípio, parece que a morfina se deve ao consumo de ração contaminada. Sir Michael Stoute [treinador do haras da rainha] está trabalhando com a empresa alimentícia para descobrir como o produto poderia ter sido contaminado antes de chegar aos estábulos e está prestando total cooperação”. A nota divulgada pelo palácio também afirma que está sendo estudada uma possível conexão entre os resultados positivos de todos os animais pegos no exame antidoping. O prestigiado treinador e veterinário Jim Boyle deu sua opinião em declarações à BBC: “Em 99% dos casos, um resultado positivo se deve à contaminação dos alimentos. A morfina é liberada pelas sementes de papoula. Estudos apontam que amostras de urina colhidas até 24 horas após a ingestão de um bagel ou uma torta com essas sementes podem dar positivo para morfina”. Após a vitória de Estimate no ano passado em Ascot, Elizabeth II foi fotografada com um sorriso espetacular, algo incomum nela, uma mulher de 88 anos pouco dada à expressividade. O segundo lugar que Estimate ganhou no Gold Cup deste ano também foi motivo de orgulho para a rainha, que estava no camarote real. Se a investigação confirmar que houve doping para melhorar o rendimento, a égua real perderá o prêmio deste ano.
Fonte; EL PAIS

Rui diz que educação profissional é uma prioridade em seu programa de governo


Com o desenrolar da campanha, os candidatos aprimoram propostas dos seguimentos sociais e começam a disseminá-las em seus discursos. Quem já tem opiniões claras a respeito da saúde e educação é o candidato governista, deputado federal Rui Costa (PT), apadrinhado do governador Jaques Wagner (PT). O cabeça da coligação “Pra Bahia Mudar Mais”, durante conversa com a imprensa, destacou proposições, como, universalizar o ensino médio e dobrar o número de matrículas no sistema estadual de educação profissional. Tais propostas do petista constam como algumas das prioridades no Programa de Governo Participativo (PGP) construído durante os últimos seis meses, por mais de 50 mil pessoas. “Uma das minhas metas é atingir 150 mil matrículas em cursos técnicos de nível médio”, garantiu. O candidato petista também pretende trazer mais três universidades federais para o estado, em ação articulada com o governo federal. “A Bahia passou anos tendo apenas uma universidade federal, e hoje tem seis, graças a Lula, Dilma e Wagner. Vou buscar mais recursos, pois precisamos ter nove, dez universidades”, avaliou, para emendar: “Vamos trabalhar em parceria com municípios, consórcios municipais e colegiados territoriais e instituições de ensino superior, tanto para a educação básica, profissional e ensino superior, como para a educação do campo, especial e educação de jovens e adultos”, sintetizou. Ainda por suas andanças pelo estado, o petista disse querer criar e fortalecer uma rede de atendimento hospitalar regionalizada na Bahia, garantindo o acesso aos serviços de saúde com eficiência, qualidade e cobertura na capital e no interior. O político ressalta que o objetivo é trabalhar em parceria com os municípios, entidades filantrópicas, universidades e iniciativa privada, aproximando os serviços da população para dar atendimento digno à clientela do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vou levar atendimento em diversas especialidades médicas para perto da casa das pessoas”, disse, ao garantir que nenhum paciente do interior deveria ter que se deslocar para os grandes centros urbanos para fazer consultas com especialistas e para procedimentos de média e alta complexidade, em áreas como cardiologia, oncologia e ortopedia, por exemplo. Uma das principais demandas apresentadas pelos participantes das plenárias realizadas para construção do programa de governo do petista foi a implantação de mais unidades especializadas de delegacias das mulheres. O compromisso foi reiterado pelo candidato Rui Costa ontem. “A delegacia da mulher está no meu programa de governo. Vamos aumentar o número existente e trabalhar para que toda mulher baiana tenha acesso à defensoria pública”, afirmou. Para ele, as desigualdades de gênero deixaram de ser um desafio restrito aos movimentos feministas e de mulheres e tornaram-se objeto das atenções e do compromisso da sociedade e governos. “Não existem mais dúvidas de que as desigualdades de gênero, de raça e de classe perpassam os variados campos da nossa organização social”, destacou. “No próximo governo tratarei como imperativa a condição das mulheres protagonizarem as transformações, levando em consideração as suas diferenças e as diferentes condições de acesso aos recursos, aos serviços, no exercício e usufruto de seus direitos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos, como cidadãs plenas”. Rui também defendeu a criação de um fundo nacional para apoiar os estados brasileiros, principalmente os do Nordeste, na área de segurança pública. “Nós temos fundo para a educação, para a saúde e, na minha opinião, tem que ser criado um fundo para a segurança pública, em que o governo federal colabore com os estados.

Dilma lidera com 38% e venceria segundo turno, diz pesquisa Ibope


Pesquisa Ibope contratada por O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo mostra estabilidade na disputa presidencial. A presidente Dilma Rousseff (PT) soma 38% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, de 15 de junho, Dilma tinha 39%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 22% das intenções de voto, ante 21% do levantamento anterior. O candidato do PSB, Eduardo Campos, tem 8% das intenções de voto - eram 10% na pesquisa anterior. As oscilações estão todas dentro da margem de erro. Nas simulações de segundo turno, Dilma venceria tanto Aécio quanto Eduardo, por 8 pontos e por 12 pontos, respectivamente. Completando a chapa do primeiro turno, o pastor Everaldo (PSC) é escolhido por 3% dos eleitores, mesmo patamar anterior. Luciana Genro (PSOL), José Maria (PSTU) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos são 16% e indecisos, 9%. Na pesquisa de junho, brancos e nulos eram 13% e indecisos, 8%. $2º turno$ No cenário de segundo turno contra o tucano, Dilma soma 41% das intenções de voto contra 33% de Aécio. Brancos e nulos são 18% e indecisos, 8%. Na pesquisa anterior, de meados de junho, Dilma tinha 43% e Aécio, 30%. No levantamento do início de junho, a petista tinha 42% contra 33% do tucano. Quando Eduardo é o adversário, a presidente tem 41% das intenções de voto contra 29% do pessebista. Brancos e nulos somam 20% e indecisos, 10%. Na pesquisa imediatamente anterior, Dilma tinha 43% contra 27% de Campos. No levantamento do início de junho, a petista tinha 41% ante 30% de Campos. Espontânea Na pesquisa espontânea, Dilma Rousseff é citada por 26% dos eleitores. Aécio Neves é mencionado por 12% e Eduardo Campos, por 4%. Outros somam 2%, brancos e nulos, 17%, e 39% não sabem ou não responderam. Rejeição As taxas de rejeição a Dilma e Aécio oscilaram negativamente de junho para cá. No mês passado, 38% dos eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum na presidente. Hoje são 36%. No mesmo período, a rejeição ao tucano variou de 18% para 16%. A taxa de rejeição a Eduardo Campos caiu de 13% para 8%, e a do pastor Everaldo foi de 18% para 11%. Segundo o levantamento, 13% disseram que poderiam votar em todos os candidatos. Favoritismo A maioria absoluta dos eleitores acredita que Dilma vai se reeleger em outubro. Para 16%, Aécio Neves, é o favorito na disputa. Apenas 5% acreditam que o próximo presidente será Eduardo Campos. Quase um quarto dos eleitores (24%) não soube responder à questão. Avaliação de governo A avaliação do governo Dilma manteve-se rigorosamente estável desde antes da Copa, em junho. Segundo o Ibope, a taxa de bom e ótimo do governo se manteve em 31%, enquanto os que classificam o governo de ruim/péssimo seguem sendo 33%. A taxa de regular variou de 34% em junho para 36% agora. A pesquisa também avaliou a aprovação do governo Dilma pelos eleitores: 44% aprovam a atual gestão, e 50% desaprovam. É exatamente o mesmo patamar da última pesquisa, de 15 de junho. Desejo de mudança Aumentou do desejo de mudança do eleitorado em relação à pesquisa anterior. No levantamento anterior, de maio, 65% diziam que gostariam de mudar tudo ou quase tudo no governo. Agora, os mudancistas são 70%. Eles se dividem em dois grupos: 29% gostariam que o próximo presidente mudasse totalmente o governo do País (eram 30% em maio), e outros 41% querem que o próximo governante mantenha alguns programas mas mude muita coisa - ante 35% na pesquisa anterior. Segundo 18% dos eleitores, o próximo presidente deveria fazer poucas mudanças e manter muitas coisas - ante 21%. Para 10%, a próxima gestão deveria dar total continuidade ao atual governo. Os que queriam total continuidade eram 9% em maio. Situação econômica A maior parte dos eleitores classifica a atual situação econômica do Brasil como regular. É a opinião de 48%, segundo o Ibope. Partes equivalentes avaliam que a economia está boa ou ótima (24%), ou julgam que, ao contrário, a situação econômica está ruim ou péssima (25%). O Ibope também perguntou aos eleitores sobre suas expectativas para a economia do País em 2015. A maior parte (41%) acredita que a situação estará no próximo ano igual a como está hoje. Outros 34% acreditam que estará melhor, e 18%, que ficará pior do que em 2014. Metodologia O levantamento do Ibope foi realizado entre os dias 18 e 21 de julho, por encomenda da Rede Globo e do jornal O Estado de S.Paulo. Foram feitas 2002 entrevistas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-235/2014.
FONTE:ibope

Estado de saúde de Ariano Suassuna se agrava


A situação do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, 87, se agravou no início da noite desta terça-feira (22). De acordo com o boletim médico divulgado há pouco pelo Hospital Real Português, no Recife, houve um agravamento do quadro clínico e a situação é instável, com queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada. Hospitalizado desde a noite de segunda-feira (21), quando teve um AVC hemorrágico, Suassuna segue internado na UTI neurológica em coma e respira com ajuda de aparelhos. Ainda na tarde desta terça, alguns sites chegaram a noticiar a morte do escritor, mas a informação foi desmentida tanto pelo hospital quanto por familiares. Em 2013, o escritor já havia sido internado em consequência de um infarto e de um aneurisma cerebral.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Micareta de Feira começa nesta quinta com desfile de blocos

Abertura extraoficial esquentou a 77ª folia da cidade, que vai até domingo
O dia de abertura oficial da 77ª Micareta de Feira de Santana é nesta quinta-feira, 24, mas nesta quarta, 23, sete blocos entraram na avenida e desfilaram no circuito Maneca Ferreira, fazendo uma espécie de "esquenta" para o início da folia que se estende até domingo, 27. Alternativos ou não, os blocos deixaram um gostinho de quero mais nos milhares de foliões que compareceram na avenida para prestigiar o desfile desta quarta. Entre as atrações, estava o Zero Hora, um dos blocos mais tradicionais da micareta da cidade, mas que não desfilou em 2012. Com quase 50 anos de folia, o grupo mantém a tradição de sair antes dos outros para dar oportunidade aos profissionais de imprensa de se divertir antes de trabalhar. Com o tema da Copa do Mundo, o bloco só não manteve a tradição no horário - antes saía à meia-noite, este ano entrou na avenida às 20 horas. "O objetivo é não deixar a tradição do Zero Hora morrer", disse o radialista Wilson Passos, um dos coordenadores. Ao som de fanfarras e trios, ainda abrilhantaram a noite os blocos Só Bebo, Bando Banda e Amigos do Nico. Depois foi a vez do bloco Trote, com Cheiro de Amor; Bloco dos Amigos, animado pela banda Duas Medidas; Coco e Cia, com a banda Conect. "A Micareta deveria acontecer durante toda a semana. É muito bom participar da festa. Eles dizem que não, mas hoje já é o primeiro dia da festa", afirmou Maria Auxiliadora Neves, que levou toda a família para o circuito. Chaves da cidade Hoje, a festa começa oficialmente com a coroação e entrega das chaves da cidade pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho às majestades da folia: o Rei Momo Dilson Chagas Júnior, 36, mais conhecido como Dilsinho, em seu terceiro reinado, e a rainha Jicilene de Oliveira Santos, 20. As princesas são Tamires Silva Miguel, 22 anos, e Marilânia da Silva Santos, 24. Após a cerimônia, o agito do circuito fica por conta de nomes como Banda Eva, que puxará o bloco Abraçaê; Bell Marques, que estreia na micareta em carreira solo, puxando o Bloco Skol; Carlinhos Brown e É o Tchan, puxando os foliões pipoca.

domingo, 20 de julho de 2014

20 de Julho de 1969 o homem pisa na Lua pela 1ª Vez Apollo 11.


No dia 20 de julho de 1969, um domingo, dois homens pisaram pela primeira vez na Lua. Um deles, o comandante Neil Armstrong, de 38 anos, um tímido ex-piloto de testes de aviões americanos, escorregou na escada da pequena nave com a qual pousou na superfície lunar e por pouco não imprimiu ali a mão antes do pé. O outro, Edwin Aldrin, Buzz, igualmente com 38 anos, veterano piloto de jatos da Força Aérea dos Estados Unidos, sentiu uma vontade humaníssima de fazer xixi. E fez, dentro do traje de astronauta, reforçado com 21 camadas de tecido, numa bolsa de coleta para tais contingências. A 96 mil metros de altura, o ex-piloto de testes Michael Collins, de 38 anos, como os outros, encarregado de pilotar o módulo de comando da Columbia, só conseguiria sentir-se verdadeiramente aliviado no dia seguinte, quando seus dois companheiros se uniram a ele para a viagem de volta a Terra.
Passados vinte anos do evento literalmente mais espetacular da história humana documentada, que esgotou os estoques da melhor retórica da espécie, a conquista do Cosmo parece menos próxima, em parte porque o programa espacial americano perdeu a direção, enquanto o soviético segue uma rota lenta, gradual, segura - e sem muito charme. Além disso, a ida a Lua ocorreu num período efervescente, marcado por mudanças de toda a sorte, em que a confiança nas possibilidades de resultados imediatos da ação humana era seguramente maior, assim como o encantamento com a tecnologia. A Lua, em suma, chegou antes da crise do petróleo, antes dos microcomputadores e antes que as preocupações com a saúde do planeta virassem moda.
Quando Collins, Aldrin e Armstrong partiram a bordo da nave Apolo 11 na luminosa manhã de 16 de julho, 1 milhão de pessoas munidas de câmeras e binóculos se apinhavam nas vizinhanças de Cabo Canaveral, depois chamado Cabo Kennedy, na Flórida, onde até hoje ocorre a grande maioria dos lançamentos espaciais americanos. Nada menos de 850 jornalistas de 55 países, falando 33 línguas diferentes, registraram o acontecimento. Calcula-se que cerca de 1 bilhão de pessoas, algo como um em cada quatro seres humanos, viram pela TV quando, às 23h56min20s (horário de Brasília) do dia 20, o comandante Armstrong, já recuperado do escorregão, cuidadosamente ergueu o pé esquerdo e marcou o solo do Mar da Tranqüilidade - a planície escolhida para a alunissagem.
Este é um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade, disse o emocionado Armstrong, numa frase que inevitavelmente ecoou pelo mundo. Quem estava de olho na tela naquele momento não deve ter esquecido a sua figura fantasmagórica movendo-se desajeitadamente devido à ínfima gravidade (um sexto da que existe na Terra) a 384 mil quilômetros de distância. O astronauta contou à base de controle e a todos que o ouviam que o chão da Lua era fino e poeirento. Adere à sola e aos lados das minhas botas, formando uma camada fina como poeira de carvão, descreveu. Vinte minutos depois, Aldrin uniu-se a ele. Com as duas mãos agarradas à escada, experimentou o solo da Lua e sua gravidade com dois pulos de pés juntos. "Lindo, lindo", exclamou, surpreendido com a facilidade de movimentação.
Os dois astronautas passaram 2 horas e 10 minutos no Mar da Tranqüilidade. Numa das pernas do módulo, chamado Eagle (águia, em inglês), havia uma placa comemorativa. Neil Armstrong leu então em voz alta:"Aqui, homens do planeta Terra pisaram na Lua pela primeira vez. Nós viemos em paz, em nome de toda a humanidade". O texto levava a assinatura dos três tripulantes e a do então presidente americano Richard Nixon. A dupla ainda fixou a bandeira dos Estados Unidos e ouviu pelo rádio as congratulações de Nixon, que falava da Casa Branca.
A liturgia prosseguiu com Armstrong afirmando que eles representavam não apenas os Estados Unidos mas os homens de todas as nações, que têm interesse, curiosidade e visão do futuro". Em seguida, ele e Aldrin começaram o trabalho de colher os 27 quilos de pedras e pó da Lua que nos anos seguintes fariam a alegria de muitos cientistas. Depois, instalaram um sismógrafo, um refletor de raios laser, uma antena de comunicação, um painel para o estudo dos ventos solares e uma câmera de TV. Terminadas as tarefas, os astronautas voltaram à Eagle e tentaram em vão dormir, apertados e sem conforto, atulhados nos 4,5 metros quadrados do interior do módulo lunar.
Começaram enfim os preparativos para o regresso. A metade inferior da Eagle ficou na Lua. A parte de cima do pequeno módulo elevou-se da superfície até encontrar o seu parceiro em órbita. Os dois veículos alinharam-se para o acoplamento. Enquanto Aldrin e Armstrong se reuniam a Collins na Columbia, o resto da Eagle foi deixado rodando em volta da Lua, cada vez com menos impulso, até se espatifar de encontro ao solo. A 24 de julho, oito dias, três horas e 18 minutos depois de lançada de Cabo Canaveral, a Apolo mergulhou nas lonjuras do Pacífico sul, na altura da Polinésia. Uma das mais antigas fantasias do homem - ir à Lua e voltar são e salvo - finalmente tinha se tornado realidade.
Aquele "pequeno passo" havia começado a rigor muitos anos antes, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial terminava com a derrocada da Alemanha nazista e dos seus parceiros japoneses. Os vencedores, os Estados Unidos e a União Soviética, lançaram-se à disputa de um dos mais valiosos espólios da guerra - os cientistas alemães envolvidos na fabricação das bombas V-2, as precursoras dos foguetes. Embora os americanos tivessem capturado o maior número e os melhores entre eles, como o notório Wernher von Braun, e os pusessem a trabalhar no desenvolvimento de mísseis teleguiados, foram os soviéticos que saíram na frente na corrida espacial. A 4 de outubro de 1957 surpreenderam o mundo e humilharam os Estados Unidos ao lançar o Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra.
A 12 de abril de 1961, o cosmonauta, como dizem os russos, Iúri Gagárin (1934-1968) completou o primeiro vôo orbital tripulado. Único ser humano até então a ver o planeta do espaço, Gagárin informou: A Terra é azul. Menos poeticamente, o líder soviético Nikita Kruschev (1894-1971) lançou o desafio: Que os países capitalistas tentem alcançar-nos. Os americanos aceitaram. No mesmo ano de 1961, o presidente John Kennedy (1917-1963) pediu a seus assessores um plano ambicioso o suficiente para segundo se dizia na época, ganhar as manchetes dos jornais e por meio delas conquistar o coração de todos os povos do mundo: levar um homem à Lua e trazê-lo de volta.
Os americanos mergulharam no projeto com a mesma gana que tiveram vinte anos antes ao entrar na guerra em seguida ao ataque japonês à base de Pearl Harbor. As melhores cabeças foram recrutadas pela agência espacial NASA para elaborar três missões - Mercury, Gemini e Apolo - com tipos diferentes de naves e foguetes, que sucessivamente levariam astronautas cada vez mais longe até alcançar a Lua. Enquanto isso, os soviéticos desenvolviam as Vostok, Voskhod e Soyuz; estas últimas aperfeiçoadas até se tornarem hoje os veículos transportadores de cosmonautas para a estação espacial Mir, há três anos no espaço.
Foi também em 1961 que os americanos começaram a selecionar os astronautas para o programa espacial. A escolha, descrita no romance The right stuff, de Tom Wolfe (não editado no Brasil), depois transformado no filme Os eleitos, de 1983, era feita entre os pilotos de testes da Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais. Homens como Armstrong, Aldrin e Collins tinham de ser bons aviadores, ter nível universitário e boa estrutura psicológica para enfrentar situações difíceis e imprevistas. Comentou-se na época que os três escolhidos para a viagem histórica à Lua eram os mais sérios e menos comunicativos astronautas do programa espacial - características da personalidade que não mudaram até hoje. Armstrong e Aldrin foram pilotos na guerra da Coréia e já haviam participado do projeto Gemini.
Collins, outro veterano da Gemini, deveria ter voado na Apolo 8 que realizou as primeiras órbitas tripuladas em volta da Lua, em dezembro de 1968; mas uma cirurgia de última hora fez com que fosse substituído e acabasse entrando para a tripulação da Apolo 11. Em 1967, teoricamente, soviéticos e americanos já possuíam os fantásticos foguetes e naves que poderiam fazer a viagem à Lua de ida e volta.
Mas durante um ensaio de lançamento da Apolo 1, a 27 de janeiro daquele ano, uma explosão matou os tripulantes Virgil Grissom, Edward White e Roger Chaffee. Três meses depois, nova tragédia ocorreu do lado soviético. A destruição do pára-quedas de freagem da Soyuz 1 matou o cosmonauta Vladimir Komarov. As naves foram redesenhadas para atender a maior preocupação com a segurança.
Nos Estados Unidos, os veículos seguintes da série Apolo, até o de número 6, não foram tripulados. Mas, no início de 1969, quase ao mesmo tempo, soviéticos e americanos estavam prontos para reiniciar a corrida espacial. Antes que se pudesse enviar homens à Lua, já havia sido preciso despachar várias naves não-tripuladas para descobrir se a alunissagem seria mesmo praticável. Era necessário, por exemplo, avaliar o comportamento dos mecanismos de freagem e pouso nas condições de baixa gravidade e nenhuma atmosfera do satélite.
Sabia-se que as manchas escuras da superfície lunar, que receberam o nome de mares, eram na realidade planícies cheias de crateras, mas não se tinha certeza de que poderiam suportar o peso de uma nave. Essa possibilidade foi confirmada com as primeiras fotos enviadas pelas sondas Ranger a partir de 1964. Por sua vez, a nave soviética Luna 9 conseguiu realizar o primeiro pouso suave na Lua, antecipando-se em alguns meses às americanas Surveyor. Nos anos seguintes, naves dos dois países mostraram imagens de TV da Lua, provando que além de pó havia matéria firme na superfície.
Estava enfim preparado o caminho para a Apolo 11, uma pequena nave de 45 toneladas, composta de um módulo de comando, serviço e lunar. Ela foi lançada no bico do maior foguete já construído, o Saturno 5, de três estágios e 110 metros de altura, mais alto do que um edifício de 35 andares. No momento da partida, o Saturno pesava mais de 3 mil toneladas, algo como vinte jumbos juntos, a maior parte constituída de combustível destinado a acelerar a carga à velocidade de 40 mil quilômetros por hora. O primeiro estágio do foguete queimava oxigênio líquido misturado com querosene, produzindo uma fogueira colossal que emocionou a multidão aglomerada para acompanhar a partida da nave (pela TV, os Estados Unidos viram tudo em cores; os outros países, ainda em preto-e-branco).
Foi um espetáculo impressionante, para dizer o mínimo. Quando o foguete começou a subir, suas 3.500 toneladas de empuxo provocaram um ruído tão insuportável que chegou a matar os pássaros que voavam nas proximidades. O megaprojeto havia custado 22 bilhões de dólares, quase dez vezes mais do que o lançamento do ônibus espacial Discovery em outubro do ano passado - isso sem contar a inflação acumulada no período. O módulo de comando, ou Columbia, um compartimento pequeno, de uns 6 metros quadrados, era o centro de controle da nave. Os três tripulantes dispunham de poltronas individuais, uma ao lado da outra, razão pela qual precisavam tomar cuidado para não atrapalhar uns aos outros. A sua frente e nas laterais ficavam os painéis de instrumentos.
Por baixo das poltronas estavam as camas onde os astronautas dormiam protegidos para não flutuar na nave sem gravidade. Havia também uma série de armários com comida desidratada, roupas e equipamentos auxiliares. À direita dos armários ficava o banheiro, ou, mais precisamente, o canto onde os astronautas se aliviavam usando pequenas bolsas de plástico. As paredes da nave eram providas de quadrados de velcro, um produto que ficaria muito conhecido como fecho de bolsas e tênis, que servia para que os equipamentos manuais não flutuassem. Atrás do Columbia, vinha o módulo de serviço com o sistema de propulsão e retrofoguetes e finalmente o módulo lunar Eagle.
O alvo da Apolo 11, a rigor, não seria a Lua, mas um ponto no espaço onde ela estaria quatro dias após o lançamento, prevendo-se o seu movimento em torno da Terra. De acordo com a operação, denominada TLI -Injeção Translunar -, quem pilotava efetivamente a nave eram as leis da Física enunciadas no século XVII pelo físico inglês Isaac Newton. Como ele descobriu, Terra, Sol e Lua atraem os corpos como se fossem ímãs. Por isso, os foguetes da Apolo foram acionados durante 3 segundos. Nesta mínima fração de tempo, os astronautas, tendo a nave sob controle, voltaram-na para a direção calculada, de modo a fazê-la escapar do campo gravitacional da Terra e ser atraído pela gravidade lunar.
Durante o trajeto, os astronautas usaram uma técnica para impedir que metade da nave - a que estava voltada para o Sol - literalmente torrasse e a outra se congelasse. Com uma leve ignição dos foguetes auxiliares, eles faziam-na girar lentamente em seu próprio eixo, como um frango assado no espeto. Com o auxílio do computador de bordo, a Apolo executava um movimento de rotação de 3 décimos de grau por segundo, o que significava uma volta completa a cada 20 minutos, para que o calor e o frio se distribuíssem de maneira uniforme por toda a sua superfície.
Somente após o regresso à Terra os técnicos da NASA descobriram que Armstrong e Aldrin por pouco não espatifaram a Eagle de encontro à Lua. De fato, depois de soltarem o módulo da nave-mãe, os astronautas foram descendo gradualmente até onde acreditavam estar o local de pouso - o Mar da Tranqüilidade, escolhido por ser plano e próximo ao equador, o que facilitaria a volta. Mas, quando Armstrong esquadrinhou pela escotilha o terreno já bem próximo, não sabia onde estava. Utilizando o controle manual, dirigiu a Eagle para onde imaginava ficar a cratera que seria seu ponto de referência, enquanto Aldrin controlava o combustível. Faltavam não mais de 30 segundos para que este acabasse quando Armstrong pousou - 1 quilômetro além do ponto marcado.
Enquanto Armstrong, Aldrin e Collins, já de volta, eram recolhidos do mar pelo porta-aviões Hornet, uma nave soviética, a Luna 15, se perdia em algum ponto entre o planeta e o satélite. Lançada dois dias antes da Apolo, sem tripulantes, tinha como objetivo recolher amostras do solo lunar e voltar à Terra. Até hoje não se sabe o que aconteceu com a Luna - não faltando quem suponha que ela tenha sido desviada de sua trajetória por sinais de rádio americanos. O mundo, de qualquer maneira, estava mais preocupado com os três participantes da primeira grande odisséia extraterrestre. Malcheirosos, depois de oito dias sem tomar banho, durante os quais foram obrigados a usar uma precária privada, tiveram de vestir um traje à prova de contaminação antes de deixar a cápsula espacial. Para se ter certeza de que não tinham trazido nenhum microorganismo lunar eventualmente daninho aos terráqueos, ficaram de quarentena em companhia de algumas cobaias. Se algo acontecesse a elas, seria a prova de que estavam contaminados.
Como se sabe, nada aconteceu. Depois de desfilarem em carro aberto com as famílias nas principais cidades americanas, sob a infalível chuva de papel picado, os astronautas fizeram-uma série de viagens promocionais pelo mundo - Armstrong e Collins estiveram, por exemplo, em outubro de 1969 no Brasil. No mês seguinte, outros três americanos - Charles Conrad, Alan Bean e Richard Gordon - tornaram à Lua a bordo da Apolo 12. Como da primeira vez, a expedição foi, viu e voltou sem problemas. Os Estados Unidos continuaram com o programa lunar até 1972. Ao todo enviaram dezoito homens em seis Apolos. Desses, doze puseram os pés no satélite. Depois começou a era dos ônibus espaciais, capazes de orbitar a Terra e voltar inúmeras vezes. A União Soviética, de seu lado, optou por não mandar cosmonautas à Lua. Mas suas naves ali estiveram até 1976, enquanto se desenvolvia o projeto das estações espaciais Salyut e, depois, Mir.
Passados vinte anos, nunca mais houve um acontecimento na história da conquista espacial de impacto comparável àquele - à exceção da tragédia da Challenger em janeiro de 1986. A ida à Lua, vista na perspectiva do tempo, representa acima de tudo o triunfo da vontade humana. Bem pensadas as coisas, é até possível que, pelos padrões atuais de segurança nos vôos ao espaço, a aventura da Apolo 11 não teria sido autorizada. E, por maior que tenha sido, por exemplo, o aporte tecnológico para as viagens espaciais trazido pela estratégia de encarapitar uma pequena nave num potentíssimo foguete de múltiplos estágios, ou por mais importantes que tenham sido para a ciência as pedras lunares coletadas pelos astronautas, é certo que nada supera até hoje a força simbólica daquele primeiro passo a 20 de julho de 1969.


sábado, 19 de julho de 2014

Malaysia Arilines pode enfrentar processos em vários países por avião abatido

Por Andrew Chung e David Ingram NOVA YORK (Reuters) - A Malaysia Airlines pode ter que convencer juízes de vários países de que não foi negligente ao mandar um avião sobrevoar uma área em conflito na Ucrânia, caso pretenda evitar grandes processos legais pela queda do voo MH17, de acordo com advogados especializados em aviação. Os advogados disseram à Reuters esperar que ao menos parte das famílias dos 283 passageiros a bordo do avião processe a Malaysia Airlines em busca de uma indenização superior ao valor que já tem direito por um acordo internacional. Não houve consenso entre os advogados se há argumentos consistentes para considerar a Malaysia Airlines negligente. Alguns advogados disseram que a empresa pode argumentar que outras companhias aéreas usaram o mesmo espaço aéreo diversas vezes na última semana. O ministro do Transporte da Malásia, Liow Tiong Lai, reforçou este argumento nesta sexta-feira. Ele disse que a empresa malaia não assumiu riscos indevidos ao sobrevoar o espaço aéreo da Ucrânia. Os eventuais processos podem ser abertos em qualquer uma de várias jurisdições, como Amsterdã, de onde o avião decolou, Malásia, onde deveria aterrissar e onde fica a empresa, ou nos países dos passageiros. A queda do avião vitimou pessoas de 11 países dos quatro continentes. Não houve sobreviventes e autoridades acreditam que a aeronave foi derrubada por um míssil terra-ar durante o trajeto Amsterdã-Kuala Lumpur. Um acordo internacional conhecido como Convenção de Montreal, de 1999, determina que as empresas aéreas não podem escapar da responsabilidade pela morte de um passageiro mesmo em caso de guerra ou terrorismo. Para cada morte a empresa é responsável por até 113.100 direitos de saque especiais, um ativo de reserva criado pelo Fundo Monetário Internacional. Na quinta-feira, dia da queda do MH17, o montante era equivalente a cerca de 174 mil dólares, ou 49 milhões dólares para os 283 passageiros. Mas as famílias de passageiros podem pedir na Justiça uma indenização maior e, sob a Convenção de Montreal, é responsabilidade da empresa aérea provar que não foi negligente ou que a morte foi de inteira responsabilidade de uma terceira parte, como militantes armados. Até esta sexta-feira não se tinha conhecimento de nenhum familiar das vítimas do voo MH17 que tenha tomado tal atitude.

Conselho de segurança da Ucrância diz que armamentos chegam da Rússia no leste do país

KIEV (Reuters) - Um porta-voz do conselho de segurança da Ucrânia disse no sábado que equipamentos militares foram trazidos à região de Luhansk no leste do país pela fronteira com a Rússia durante a noite. "Durante a noite, 15 peças de equipamento militar foram trazidos do lado da Federação Russa no território da região de Luhansk", afirmou o porta-voz em uma entrevista coletiva. Ele disse também que os rebeldes pró-Rússia têm trazido equipamentos para o local da queda do avião da Malaysia Airlines para remover destroços. (Reportagem de Pavel Polityuk)

Rússia pede a Kiev e a rebeldes que ajudem especialistas no local do acidente

MOSCOU (Reuters) - A Rússia pediu às autoridades ucranianas e aos rebeldes neste sábado que permitam que os especialistas internacionais tenham acesso ao local do acidente do avião da Malaysian Airlines, disse o Ministério das Relações Exteriores. "O lado russo apela para ambos os lados do conflito ucraniano, insistindo para que façam o possível para permitir o acesso dos especialistas internacionais à área do acidente do avião, para que possam fazer o que for necessário para a investigação", disse o comunicado. A declaração veio quando Kiev acusou a Rússia e os separatistas pró-Moscou de destruírem evidências de "crimes internacionais", dizendo que possuem provas de que os russos dispararam o míssil que matou os 298 passageiros a bordo da aeronave na quinta-feira. "É intrigante que, antes do julgamento sequer ter começado, os representantes oficiais de vários países se apressaram a apresentar suas versões, sem fundamento, do que causou a queda do avião, aumentando a pressão no andamento da investigação" disse o Ministério do Exterior russo. O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, culpou a Rússia na sexta-feira pelo abate do Boeing 777, enquanto dois funcionários dos Estados Unidos disseram que Washington tinha fortes suspeitas de que ele foi derrubado por separatistas apoiados por Moscou. (Reportagem de Maria Kiselyova)

Revista IstoÉ mostra Dilma e Aécio em empate técnico em eventual segundo turno

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) aparecem tecnicamente empatados em um eventual segundo turno das eleições presidenciais de outubro, mostrou pesquisa da revista IstoÉ divulgada neste sábado. Dilma aparece com 36,3 por cento das intenções de voto contra 36,2 por cento de Aécio em um segundo turno. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, os candidatos estão tecnicamente empatados. A pesquisa da revista IstoÉ ouviu 2 mil eleitores em 136 municípios entre os dias 12 e 15 de julho. O nível de confiança da pesquisa é de 95 por cento. O levantamento mostra ainda que a realização da Copa no Brasil e o desempenho ruim da seleção no mundial não tiveram, até o momento, influência sobre a corrida presidencial. De acordo com a pesquisa, a intenção de votos para presidente da República na eleição de 5 de outubro mostra Dilma com 31,6 por cento ante 32,2 por cento na enquete anterior da revista feita entre os dias 26 de maio e 4 de junho. Aécio aparece com 21,1 por cento dos votos ante 21,5 por cento na pesquisa anterior. Eduardo Campos está com 7,2 por cento ante 7,5 por cento na pesquisa da revista feita entre o fim de maio e início de junho.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Capitão Tadeu perde o mandato

Capitão Tadeu
Um dia após a Assembleia Legislativa ter recebido o ofício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia, com a indicação da perda de mandato do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) e o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), ter decidido pela discussão do assunto com a mesa diretora na volta do recesso em agosto, uma reviravolta antecipou o desfecho do caso. Nilo ratificou ontem a determinação pelo afastamento imediato do socialista e a posse na semana que vem do primeiro suplente, Joacy Dourado (PT). Havia a expectativa de que a decisão fosse comunicada no Diário Oficial hoje. A medida do TRE foi uma extensão do processo conduzido pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luciana Lóssio, que anulou os votos de Wank Medrado (PSL), o que impactou no quórum da coligação entre e PSL e PSB e gerou a perda do mandato de Tadeu. A recontagem favoreceu a Joacy, quadro petista, com base eleitoral em Irecê, voltar ao parlamento. Nilo justificou que a saída de Tadeu é determinada pelo parecer jurídico. “A mesa seria consultada se fosse cassação, mas ele não está sendo cassado, pois não cometeu nenhuma irregularidade. Refizeram os cálculos e ele sai. Por isso sou obrigado a cumprir imediatamente. Esse é um problema do TSE e eu tenho que cumprir sob pena de ser penalizado”. O dirigente chegou a divulgar no Diário de ontem que a pauta iria para a mesa, sendo indicado como relator o vice-presidente Yulo Oiticica (PT). Porém, teria voltado atrás após, segundo ele, uma consulta a juristas. Deputado diz que vai recorrer Conhecido pelo perfil polêmico por combater a atuação do governo na área de segurança pública, até mesmo quando integrava a bancada governista na Casa, o deputado Capitão Tadeu, único representante do PSB, partido da candidata ao governo Lídice da Mata, demonstrou desapontamento ao saber da resolução, dirigida pelo presidente do Legislativo. Tadeu rebateu as explicações de Nilo e disse que a ausência de debate na mesa diretora viola o artigo 86 da Constituição do Estado e o Regimento da Casa. O deputado afirmou que vai recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF). “O deputado só sai se for cassado ou renunciar. Juridicamente eu estou saindo a pedido? É cassação juridicamente. Vou recorrer”, contestou Nilo em tom de ironia. “Isso é armação dele, pois a Constituição é muito clara de que a mesa é quem decide”, disse Tadeu. Segundo ele, deputados que compõem a mesa têm conhecimento de que não caberia ao presidente definir sozinho. “Os outros da mesa nem foram consultados. Não tem cabimento. O fato é que formaram uma quadrilha para assaltar o meu mandato e Marcelo Nilo é membro”, disparou. Conforme Tadeu, há interesses do PT em cassar o seu mandato e associa o fato à ministra Luciana Lóssio, que tomou posse do processo. O deputado lembrou que ela foi advogada do PT, durante a campanha presidencial em 2010, e foi indicada ao TSE pela presidente Dilma Rousseff (PT). O parlamentar questionou o fato de a ministra ter se baseado em um “inquérito equivocado”, o que alteraria o resultado. “No inquérito, os policiais federais concluíram que houve falsificação de documento, que adultera o resultado do julgamento, mas a relatora do processo ignorou esse parecer que consta no inqué-rito”. O socialista atribuiu à decisão do Tribunal Superior a uma retaliação do PT por causa dos posicionamentos dele na Assembleia Legislativa, contrários ao governo. “Faltando três meses para a eleição, querem tirar um deputado que incomoda o governo e colocar um aliado”, disse.
Fonte: Tribuna da Bahia.

Istambul pretende enviar os mendigos sírios para os campos de refugiados

Uma síria pede esmola em Istambul. / BULENT KILIC (AFP)
O governador de Istambul anunciou nesta quarta-feira que vai tomar medidas para combater a massiva presença de refugiados sírios na cidade, entre elas enviá-los à força para acampamentos de pessoas desalojadas pela guerra. “Estamos trabalhando em várias medidas para enviar os refugiados [que vivem em Istambul, mas não têm alojamento] aos campos, mesmo sem seu consentimento”, declarou nesta quarta-feira Huseyin Avni Mutlu, governador de Istambul. “Logo tomaremos novas e drásticas medidas”, assegurou Mutlu, que acrescentou que a cifra oficial de sírios na cidade é de 67.000 pessoas. O governador disse que foram construídos dois alojamentos na cidade para aproximadamente 700 refugiados sírios, e que destes mais de 500 já haviam ido voluntariamente para campos de refugiados no sudeste da Turquia. “Em Istambul existem sírios de classe média e com boa formação educacional, mas não são todos assim. O que nos preocupa são os sírios que tentam ganhar a vida pedindo nas ruas”, descreveu Mutlu. “De acordo com nossa regulamentação sobre mendigos, a polícia municipal é obrigada a impedir suas atividades, mas ainda podemos vê-los em Sultanahmet ou Taksim”, acrescentou o governador referindo-se a dois dos lugares emblemáticos de Istambul, visitados diariamente por um grande número de turistas. O número total de cidadãos sírios que buscaram refúgio na Turquia desde o início da guerra em seu país superou no mês passado um milhão de pessoas. Destas, aproximadamente 218.000 vivem em 22 campos para refugiados, situados quase todos no sudeste do país, próximos da fronteira com a Síria. O resto reside majoritariamente em povoados e cidades da mesma zona, enquanto outros foram para Istambul, capital comercial e principal cidade do país. Na última segunda-feira, um grupo de pessoas mascaradas e armadas com facas e pedaços de paus atacou vários comércios administrados por sírios na cidade de Adana, no sul do país. Os habitantes de Adana asseguraram que foram os sírios que os ameaçaram antes. Por volta de mil pessoas se manifestaram na cidade de Kahramanmaras, também no sul da Turquia, durante o fim de semana, e pediram que os refugiados sírios fossem enviados de volta para seu país. Dias antes, em Gaziantep, na mesma zona, foram registrados protestos contra o problema de alojamento e empregos criados. Habitantes de cidades que acolhem refugiados sírios se queixaram repetidamente de que estes aceitam trabalhar por menos dinheiro do que a população local, além de a ampliação da população levar a um aumento dos aluguéis. Por outro lado, organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram as condições de vida de grande número dos refugiados. Em particular, muitas mulheres são forçadas a se prostituírem ou são vendidas em matrimônio, segundo um comunicado da Mazlumder, uma organização islâmica turca.

Netanyahu dá ordens para o Exército ampliar a ofensiva contra a Faixa de Gaza

Incursión israelense na faixa / Foto e vídeo de Reuters
A primeira noite da ofensiva terrestre israelense sobre a Faixa de Gaza provocou pelo menos 20 mortes de palestinos e uma baixa no Exército de Israel, que investiga se o soldado morto teria ou não sido vítima do chamado "fogo amigo". Na manhã desta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu ordens para que se intensifique a incursão. "Dei instruções para que estejam prontos para ampliar significativamente a operação por terra, e, em consequência, o Exército está respondendo", declarou o líder após uma reunião de seu Gabinete de segurança. Desde que começaram as hostilidades, há 11 dias, o número de palestinos mortos já chega perto de 260. Soldados israelenses entraram na Faixa de Gaza pelo norte e pelo leste, pelas cidades de Beit Lahia e Beit Hanoun, por volta da meia-noite. Segundo várias testemunhas, eles penetraram apenas cerca de 100 metros em território palestino. Os habitantes palestinos da área contam que Israel avançou lentamente, com a mesma cautela que notaram em 2012. Primeiramente, arrasam a região com aviões e artilharia e, em seguida atiram com seus tanques. Assim livram o local de minas e de uma possível resistência, antes de avançar com os tanques, seguidos pela infantaria. As fontes afirmam que encontraram resistência em Beit Lahia, o que não foi confirmado. Em Khan Yunis, ao sul da cidade de Gaza, os soldados avançaram cerca de 200 metros. MAIS INFORMAÇÕES Israel lança uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza FOTOGALERIA Um respiro de cinco horas em Gaza Os meninos mortos, por LLUÍS BASSETS Israel ordena que 100.000 palestinos evacuem suas casas Egito, o mediador estéril ESPECIAL Operação Limite Protetor O Exército de Israel abriu fogo contra 103 alvos no território palestino, informou a entidade nesta sexta-feira. A força afirma ter "neutralizado" 14 milicianos, segundo a terminologia utilizada em uma nota oficial. "Todos eles eram alvos legítimos", afirmou um dos porta-vozes militares, o capitão Roni Kaplan, justificando que os militantes teriam disparado antes contra os soldados. Um de seus homens morreu na troca de tiros, tornando-se a segunda vítima fatal israelense desde o início da operação Limite Protetor. Nesta primeira noite de ofensiva terrestre, Israel também destruiu 20 lançadores de foguetes escondidos e nove túneis, justamente um dos objetivos que Netanyahu apontou ontem como prioritários nesta nova fase da operação. Kaplan descreveu a entrada por terra como "moderada". "Continuaremos avançando sobre Gaza, nos aprofundando mais e prejudicando mais o Hamas", disse outra fonte militar ao jornal Yedioth Ahronoth. Desde as 22h da quinta-feira (16h em Brasília), foram contabilizados 50 foguetes lançados desde Gaza contra o território israelense, principalmente em direção ao centro do país, o que fez com que as sirenes despertassem, mas sem causar danos significativos. Com o beneplácito dos EUA Washington aprovou a ofensiva terrestre por intermédio do seu secretário de Estado, John Kerry, que telefonou na quinta-feira à noite ao primeiro-ministro Netanyahu. Kerry disse que espera uma "operação de precisão" contra os túneis que os palestinos de Gaza usam para atacar os israelenses. O comunicado norte-americano insiste na necessidade de "segurança dos civis" de ambas as partes. Segundo a ONU, mais de 75% dos 260 mortos palestinos durante esta operação israelense eram civis. Mais de 40 eram crianças. No mesmo período, morreram um soldado e um civil israelenses. A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, também respaldou a decisão israelense. Depois de salientar que o Hamas tem armas "de nova qualidade", insistiu em que os países atacados devem ter o direito de se defender. "Ambas as partes devem aceitar compromissos dolorosos, mas estamos ao lado de Israel no que diz respeito à própria defesa." Israel começou a invasão terrestre de Gaza durante a décima noite da gigantesca operação militar sobre a Faixa. Segundo diversos meios de comunicação israelenses, Israel tomou já na terça-feira a decisão de invadir, depois da paralisação das negociações de cessar-fogo com o Hamas. É a primeira invasão terrestre da cercada e depauperada Faixa da Gaza desde a Operação Chumbo Derretido, lançada no final de 2008. O Hamas advertiu que Israel pagará um "preço alto" por esta incursão.