O Carnaval, que avançou por março, foi o culpado pelos cinco dias a menos que o contribuinte teve para fazer a Declaração do Imposto de Renda em 2014. Mas se você não estava no grupo que usaria o início do período para transmitir dados à Receita Federal e deixou o trabalho para a última hora, ainda é possível se safar da multa por atraso, que vai de um mínimo de R$ 165,74 e pode chegar a até 20% do imposto devido.
Este ano, a Receita espera até as 23h59min da quarta-feira, 30 de abril, 27 milhões de declarações em todo o país, sendo 1,9 milhão do Rio Grande do Sul. Confira algumas dicas para ajudar no trabalho de quem ainda não começou a pensar no acerto de contas com o Leão:
1) Declarar via mobile é fácil
2014 não é o primeiro ano que o aplicativo m-IRPF está disponível para os usuários dos sistemas Android e iOS, mas é a primeira vez que a maior parte dos contribuintes estará apta a declarar via tablet e smartphone. No ano passado, apenas 7 mil usaram de fato a facilidade. Neste ciclo, as melhorias realizadas no aplicativo, como a possibilidade de declarar dívidas e rendimentos recebidos de pessoas físicas, ampliou de 20% para 90% a totalidade dos contribuintes aptos a usar o app no serviço, livrando a necessidade de um computador.
Este ano, apenas quem precisa declarar compra e venda de imóvel, ganho em operação de ações, ganhos no Exterior, compensação de prejuízo com renda variável ou tiver rendimento superior a R$ 10 milhões fica de fora.
Os apps estão disponíveis gratuitamente nas lojas do Google e da Apple. Mas atenção: pelo aplicativo somente é possível fazer a declaração original, não a retificadora.
2) Madrugada opcional
A lentidão no sistema da Receita Federal já é uma tradição nos últimos dias do prazo para entrega da declaração. Se a ideia é aproveitar o menor fluxo de pessoas e usar a madrugada para transmitir os dados, não perca seu sono. O site da Receita fecha para manutenção entre 1h e 5h.
Mas se o tempo livre está escasso, é possível usar o período para deixar a declaração pronta e transmitir no primeiro horário possível, agilizando o serviço. O vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Celso Luft, estima entre 30 a 40 minutos o tempo médio para realizar o trabalho.
3) Busque as informações disponíveis
A grande maioria dos contribuintes não precisa de muitos documentos para concluir a declaração do IR. As empresas costumam disponibilizar online os informes de rendimentos, assim como as instituições financeiras. Se o site do seu banco não for o mais amigável, é possível ainda retirar os dados nos terminais de autoatendimento.
As instituições educacionais (escolas ou faculdade), também costumam abastecer as informações necessárias em seus sites, assim como a maioria dos planos de saúde. Essas são as principais deduções permitidas pelo governo.
4) Última alternativa
Se ainda assim o tempo for curto ou todas as informações não estiverem disponíveis, apele para a última alternativa: entregue a declaração somente com as informações mais básicas. Se não dispor os dados de rendimentos, use apenas os dados pessoais. Não é o recomendado e não lima o trabalho futuro de retificar as informações, mas evita o pagamento da multa. O ideal é que a retificação seja feita em até seis meses após o fim do período de declaração, antes que haja notificação da Receita Federal.
A principal dica, nesse caso de última hora, é atentar para a escolha do modelo, se simplificado ou completo. Depois do fim do prazo, não é possível fazer essa modificação.
5) Prepare o próximo
A declaração derradeira livra da multa por atraso, mas não o contribuinte de receber a restituição, caso ela exista, nos últimos lotes. Para receber o dinheiro no próximo ano antes, e evitar correria de última hora, o ideal é ir juntando os documentos para 2015.
Mensalidades escolares, recibos de pagamento de empregada doméstica e comprovantes de hospitais e outras despesas médicas já podem ser guardadas em uma pasta. Se tiver rendimentos como autônomo, separe os recibos também.
FONTE:zero hora
FONTE:zero hora
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