Greve da PM deve acabar nesta tarde, dizem governador e líder grevista
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que a greve da Polícia Militar deve acabar ainda nesta quinta-feira (17), em reunião que ocorre nesta tarde.
"Há grande chance que aconteça o fim da greve agora, no começo da tarde. A proposta estão levando agora é a quase a mesma que eu fiz antes de começar a greve, e agora tudo indica que será aceita. Desde o começo nós mantivemos uma linha de negociação. Temo o quinto melhor salário do pais, e não há nenhuma discrepância nisso", disse, em entrevista a Globo News.
Horas antes, um dos líderes dos grevistas e presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, havia dito que a greve poderia acabar em horas.
Apesar a confiança, o governador afirmou que não vai deixar de estudar medidas para garantir a segurança da população nas cidades, que registram saques, arrastões e aumento no número de homicídios e assaltos.
"Na outra linha, estamos trabalhando com aquilo que pedi à presidente, que foi a garantia da lei e da ordem. Já chegaram tropas. Estamos com a cúpula da segurança para fazermos tudo que for preciso para devolver a segurança à população."
Wagner ainda disse que existe hoje uma preocupação nacional com a questão de greves de militares. "É uma preocupação de todos, da presidente, ao STF (Supremo Tribunal Federal). Eles não têm direito à greve porque eles precisam garantir a segurança das pessoas", disse.
Nesta quinta-feira, o governador se reúne com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo; o comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra; o diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello; o ministro da Defesa Interino, Brigadeiro Saito; e o chefe da Casa Militar, coronel Carlos Augusto Gomes. Todos foram a Salvador discutir o problema da segurança na Bahia.
Durante o encontro, foi fechada uma proposta, que será apresentada em assembleia nesta tarde, para apreciação da categoria. Se aprovada, a proposta põe fim a greve da PM, deflagrada nesta terça.
"Notei que há desejo de todas as partes de que acordo aconteça. A esperança é a última que morre", disse o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, que foi convidado a participar da reunião para abençoar um possível acordo.
O comandante da PM, coronel Alfredo Castro, não quis falar em acordo, mas disse que a PM "cedeu em muitas partes".
Questionado sobre a anistia dos envolvidos na greve de 2012, que era um dos pontos de impasse para o fim do movimento, o coronel disse que o termo anistia não era o mais adequado. "Os atos administrativos estão sendo revistos", informa.
Sobre outro ponto crucial - o reajuste para os policiais militares -, o comandante disse que "houve mudança em relação à gratificação", sem explicar a alteração.
Após o encontro, o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, seguiu para o Wet'n Wild, na avenida Paralela, onde os grevistas estão reunidos e acontecerá a assembleia para apreciar a proposta do governo.
(Com "A Tarde")
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