quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Um quarto de século sem Raul Seixas e 40 anos do álbum Gita

Raul Seixas faleceu em São Paulo há 25 anos
Duas efemérides marcam em 2014 a passagem alucinante de Raul Seixas pela Terra. A mais urgente é a que se completa nesta quinta-feira, 20: 25 anos desde que ele pegou carona com o "moço do disco voador" e foi embora. Mas se houve mesmo um disco voador na vida de Rauzilto, este foi Gita - afinal, foi com ele que o cantor baiano decolou de vez para o estrelato - e é aí que entra a outra efeméride: este álbum, que foi o mais vendido (mais de 600 mil cópias) e o mais aclamado de Raul, completa 40 anos. Quando, em 1974, o programa Fantástico exibiu o videoclipe da densa música homônima inspirada nos textos hindus do Bhagavad Gita - com imagens do cantor projetadas sobre ilustrações de livros de Carlos Castañeda, de pinturas de Salvador Dalí e de desenhos medievais - o Brasil inteiro percebeu que o Maluco Beleza tinha algo mais profundo a dizer que os versos irreverentes de canções como Mosca na Sopa e Ouro de Tolo. Degraus da fama 25 anos sem Raul Seixas: conheça as músicas mais tocadas Raul Seixas estava, então, subindo um patamar determinante em sua escalada mítica, refinando as influências musicais de Elvis Presley e Luiz Gonzaga com doses de filosofia, esoterismo, crítica social e escracho inteligente. Para isso, é claro, contribuiu muito a parceria com o letrista e futuro escritor best-seller Paulo Coelho (o filme Não Pare na Pista, em cartaz, mostra um pouco deste convívio). Quando puseram-se a produzir Gita, após um giro pelos Estados Unidos, ambos - sobretudo, Paulo Coelho - estavam mergulhados no esoterismo do mago inglês Aleister Crowley (1875 - 1947), para quem todo homem e toda mulher é uma estrela e deve seguir livremente a sua órbita.

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