terça-feira, 3 de junho de 2014

Futebol No primeiro ensaio para Copa, Brasil promete jogo quente

Técnico Luiz Felipe Scolari durante coletiva de imprensa, em Goiânia - Ivan Pacheco/Veja.com
“Temos que jogar de verdade, com seriedade, força e decisão, porque é assim que se faz. Se for diferente, aí sim é que eles vão se machucar”, disse Felipão
À primeira vista, o primeiro amistoso do Brasil antes da estreia na Copa do Mundo não tem muitos ingredientes para atrair o torcedor. O adversário no jogo desta terça-feira, às 16 horas (de Brasília), no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, é o Panamá, seleção pouco conhecida e que não figura entre as 32 classificadas para o torneio. O palco do jogo também não está no Mundial - e, além de ser um estádio ultrapassado, tem um gramado diferente dos que a seleção encontrará na Copa. Por fim, fica a impressão de que a equipe fugirá das divididas e fará uma partida morna para minimizar o risco de sofrer contusões. Nada disso. De acordo com o técnico Luiz Felipe Scolari, o jogo tem tudo para ser atraente, com um rival perigoso, num campo que dificulta a retranca e com uma seleção brasileira jogando para valer, sem medo de entradas mais duras. Felipão, aliás, promete cobrar muita intensidade do time. Leia também:



Goleiro Júlio César durante treino da seleção brasileira, em Goânia - Ivan Pacheco/Veja.com
David Luiz e Marcelo durante treino da seleção brasileira, em Goiânia - Ivan Pacheco/Veja.com

Neymar durante treino da seleção brasileira antes do amistoso contra o Panamá, em Goânia - Ivan Pacheco/Veja.com

Torcedores acompanham o treino da seleção brasileira antes do amistoso contra o Panamá, em Goiânia - Ivan Pacheco/Veja.com



Seleção brasileira durante sessão de treinos antes do jogo contra o Panamá, em Goiânia - Ivan Pacheco/Veja.com
Seleção brasileira durante sessão de treinos antes do jogo contra o Panamá, em Goiânia - Ivan Pacheco/Veja.com
À procura do espírito de 2013, Felipão já mexe na seleção Por política, a seleção revisita o seu passado em Goiânia​ Dez anos depois, Felipão reedita sua empreitada patriótica​ Sem novidades, CBF revela numeração completa da Copa Na seleção de Felipão, o treino mais importante é... no divã “A exigência é a mesma de todas as outras equipes que já dirigi”, avisou o treinador, descartando pedir aos atletas que se poupem na partida pensando só em evitar as lesões. Conforme Felipão, é justamente o contrário: quem entra com o pé mole na bola tem risco muito maior de se machucar. “Temos que jogar de verdade, com seriedade, força e decisão, porque é assim que se faz. Se for diferente, aí sim é que eles vão se machucar.” No fim de semana, as seleções do México e da Itália perderam jogadores importantes por causa de fraturas sofridas nos amistosos de preparação. Segundo Felipão, porém, a possibilidade de contusão é maior nos treinos, por exemplo – ele veio a Goiânia sem um de seus titulares, o volante Paulinho, justamente por causa de uma dividida num coletivo na Granja Comary. Paulinho será substituído por Ramires no jogo desta terça. Hernanes, a outra opção, não agradou no treino. Simulação - Além de Paulinho, o capitão Thiago Silva também ficou em Teresópolis para trabalhar a parte física e será substituído por Dante. O resto do time será o mesmo que conquistou a Copa das Confederações no ano passado. Felipão, porém, já prometeu mexer bastante na equipe ao longo do amistoso: ele fará as seis alterações a que tem direito. “Quatro já estão decididas, independente de como estiver o jogo”, revelou na véspera da partida. Ao falar sobre seu oponente nesta terça, Felipão lembrou que o Panamá fez boa campanha nas Eliminatórias e que será uma boa simulação do jogo contra o México, o segundo rival do Brasil da fase de grupos. “Os panamenhos foram eliminados no finzinho do último jogo, quase estiveram aqui como seleção classificada à Copa ficando justamente com a vaga dos mexicanos. Têm uma boa equipe. É um jogo que vai dar ao Brasil alguma ideia do que ele enfrentará contra o México.” Especial: Os 23 de Felipão, um Brasil que sabe vencer Com a experiência de duas Copas do Mundo na bagagem (2002 pelo Brasil e 2006 por Portugal), Felipão procurou encontrar pontos positivos até mesmo nos aspectos menos favoráveis do amistoso. O campo do Serra Dourada, por exemplo, não servirá para simular as situações que serão encontradas na Copa. “O gramado daqui é bem diferente, ele segura muito a bola. Pedimos que regassem o campo para dar um pouco mais de velocidade a ela.” As dimensões também são bastante distintas dos estádios padrão Fifa. Mas até com isso Scolari se diz satisfeito: “O campo maior é bom. Da forma que deve jogar o Panamá, é melhor para nós”, disse, já prevendo uma retranca ferrenha dos adversários. Depois do amistoso desta terça, o time volta, em avião fretado, à Granja Comary, onde fica concentrado até a tarde de quinta, quando viaja a São Paulo para o ensaio final antes da Copa (contra a Sérvia, no Morumbi, sexta).
Fonte: Revista Veja.

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