sexta-feira, 14 de março de 2014

Co-piloto de avião desaparecido era religioso e prudente, diz família


Por Niluksi Koswanage KUALA LUMPUR, 14 Mar (Reuters) - Amigos e familiares do co-piloto do avião da Malaysia Airlines que está desaparecido há uma semana disseram que o profissional era religioso e sério em relação à sua carreira, contrariando notícias que sugerem imprudência no trabalho. Fariq Abdul Hamid, de 27 anos e que entrou para a companhia aérea em 2007, estava ajudando na pilotagem do Boeing 777, cujo desaparecimento no sábado se transformou em um dos maiores mistérios da aviação do mundo. Ainda não há vestígios do avião que transportava 239 pessoas, nem qualquer sinal de destroços, enquanto as Marinhas e aeronaves militares de mais de uma dezena de países vasculham os mares do Sudeste Asiático. A mídia australiana informou que Fariq e um piloto convidaram duas mulheres para se juntar a eles na cabine de um avião durante um voo da Tailândia para a Malásia em 2011, e que eles fumaram e flertaram. Jonti Roos, uma sul-africana que vive em Melbourne, confirmou à Reuters que o incidente ocorreu, mas disse que não acredita que Fariq tivesse se comportado de forma irresponsável. A Malaysia Airlines disse ter ficado chocada com as alegações contidas na reportagem, que tem como base fotos da cabine do piloto e em uma entrevista com Roos. É proibido fumar em quase todos os voos comerciais desde o final da década de 1990. As portas da cabine do piloto foram reforçadas desde os ataques de 11 de Setembro de 2001 em Nova York e Washington, e os passageiros estão proibidos de entrar na cabine durante os voos desde então em grande parte das companhias aéreas. A reportagem também irritou amigos de Fariq, alguns dos quais recorreram às mídias sociais para rebater a reportagem do canal australiano Channel Nine. "Ele é um bom aluno. Ele trabalhou muito duro para chegar onde estava. Seus pais têm muito orgulho dele", disse um parente, que visitou a casa da família de Fariq para as orações nos arredores da capital da Malásia, Kuala Lumpur. Fariq e sua família são muçulmanos, como a maioria das pessoas nesta nação do Sudeste Asiático. "E agora há notícias de que ele era outra pessoa. É uma coisa muito cruel para se fazer neste momento. Nós só queremos que ele esteja em segurança", disse o parente. O foco das investigações sobre o desaparecimento do avião pode estar se voltando para a tripulação ou passageiros com experiência em aviação, depois de fontes com conhecimento da investigação terem informado à Reuters que há suspeita cada vez maior de um crime. Dados de radar sugerem que o avião foi desviado centenas de quilômetros fora da rota, segundo as fontes, uma ação que só poderia ter sido tomada intencionalmente, seja guiando o avião manualmente ou programando o piloto automático. (Reportagem adicional de Sonali Paul, em Melbourne)

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