segunda-feira, 30 de junho de 2014

Alemanha leva susto, mas letra de Schürrle abre vitória contra Argélia

André Schürrle, de letra, abriu a vitória suada da Alemanha sobre a Argélia nas oitavas de final (Foto: Reuters)
A Alemanha desconstruiu em 120 minutos qualquer status de favorita suprema ao título da Copa do Mundo. Sofreu além da conta, rendeu calafrios à sua torcida num Beira-Rio em que foi visitante e precisou da prorrogação para se classificar às quartas de final. A vitória sobre a Argélia, por 2 a 1, daquelas loucas e imprevisíveis, nasceu do pé-esquerdo de André Schürrle, numa letra tão desengonçada quanto o futebol apresentado pelo time de Joachim Löw. Continuou com um chute de Mesut Özil depois de o próprio titubear frente ao goleiro M’Bolhi, quase herói da noite. E terminou com Djabou enchendo os argelinos de esperança nos acréscimos. A Alemanha volta a campo na próxima sexta-feira. Fará um clássico europeu contra a França, às 13h (de Brasília), no Maracanã, num dos duelos mais aguardados do Mundial. Quem vencer enfrentará Brasil ou Colômbia na semifinal do dia 8, no Mineirão. Pesou contra a atuação abaixo da média principalmente a ausência do zagueiro Mats Hummels, gripado. O setor ofensivo, apesar de terminar com quase 30 finalizações, também mereceu críticas, especialmente nos três primeiros quartos do jogo. Schuerrle gol Alemanha x Argélia no Beira-Rio (Foto: Reuters) André Schürrle, de letra, abriu a vitória suada da Alemanha sobre a Argélia nas oitavas de final Restaram os aplausos de reconhecimento à Argélia - e o choro de Feghouli ainda no gramado. Classificada em segundo no Grupo H depois de vencer a Coreia do Sul no próprio Beira-Rio, a seleção africana ganhou o respeito e a torcida da maioria dos 43.063 presentes. Eliminada, ela voltará ao seu país nesta quarta-feira de cabeça erguida por quase ter se consagrado como outra zebra no Brasil. Argélia perto do gol O relógio passava da casa dos 20 minutos. Joachim Löw virou-se para o próprio banco de reservas e resolveu colocar metade dos relacionados no aquecimento. Estava claro que não era um protocolo: a Alemanha, dominada pela Argélia, sentia o perigo no cangote. Foram alguns bons minutos de apreensão por parte dos alemães. Os africanos, organizados defensivamente e diretos quando conseguiam recuperar alguma bola, criaram as melhores chances - abusaram da ausência de Hummels, pilar da defesa no time de Joachim Löw, gripado. Tiveram, inclusive, um gol corretamente anulado, marcado por Slimani, de cabeça, aos 16. O camisa 13 argelino, melhor em campo na vitória sobre a Coreia do Sul e no empate com a Rússia, parecia incansável. Puxava a marcação, aguardava uma titubeada sequer dos inconstantes Mertesacker e Boateng para agir, colocou Neuer para dar um carrinho salvador na intermediária. Ele tinha ainda a companhia de Feghouli, o craque do time, e Soudani, de bons passes. Faltou mesmo um gol que o trio de arbitragem brasileiro, comandado por Sandro Meira Ricci, não anulasse. Alemanha demora, mas reage A Alemanha, com pinta de toda-poderosa, praticamente não se movimentava, salvo um aguerrido Thomas Müller e outra rara exceção. Também não finalizava, consequência natural de um time que não poderia sequer culpar o calor tão citado na primeira fase no Nordeste. Fazia um frio de quase 10ºC no Beira-Rio, algo próximo do que os alemães estão acostumados. Só foi reagir já no fim, quando Kroos percebeu que o espaço na intermediária permitia a finalização. Numa delas, M’Bolhi deu rebote, mas Götze não aproveitou. Löw enxergou um time viciado, embolado e que facilitava a marcação dos africanos. Pôs Schürrle, um ponta, no lugar de Götze. Melhorou ao ponto de oferecer ao seu torcedor alguma esperança de bom futebol. Schürrle, duas vezes, Höwedes e Lahm quase abriram o placar. A Argélia estava reduzida aos contra-ataques e cruzamentos, mas uma ou outra troca de passes foi o suficiente para arrancar gritos de “olé” das arquibancadas. Ainda assim, conseguiu se sustentar – o ímpeto inicial dos alemães diminuiu. O jogo entrava num tom de marasmo. Mustafi se lesionou e ofereceu a oportunidade de Löw mudar o time. Entre Klose e Khedira, ele optou pelo conservadorismo. Lahm voltou à lateral, sua posição de origem, mas faltava o homem-gol para receber seus cruzamentos. Lá e cá A Argélia voltou a gostar da partida. Feghouli, Slimani e Soudani flertaram com o gol do heroísmo e transformaram num lá e cá empolgante. Müller, pela direita, fez linda jogada que terminou com cabeçada de Schweinsteiger para fora. O camisa 13 foi para a área no lance seguinte e obrigou M’Bolhi a operar um milagre. Em seguida, dominou na área e emendou de direita para fora. O clima era de tensão - mas também de gargalhadas, quando Müller caiu sozinho numa falta ensaiada de frente para área. Neuer, com saídas precisas do gol, quase como um líbero, evitou o pior para a Alemanha. Schweinsteiger, do ouro lado, desperdiçou ótima oportunidade em cabeçada. Era noite de prorrogação. Argélia não resiste Os aplausos ao apito final já indicavam um sentimento de dever cumprido por parte dos africanos. Torcedores de rostos pintados viraram-se para as câmeras tremulando suas bandeiras. O Beira-Rio estava feliz por poder assistir a mais 30 minutos e manter o sonho de ver outra zebra passear pelo Brasil. Durou pouco mais de um minuto. A Alemanha recuperou a bola rapidamente e em três toques Müller já invadia a área. O cruzamento saiu um pouco atrás do planejado, mas Schürrle, de letra, conseguiu desviar para as redes: 1 a 0 e enorme alívio para os europeus. Mais leve, a Alemanha manteve o pique. Müller quase ampliou em finalização de fora da área. Khedira, lá atrás deu enorme susto ao furar a bola pós-escanteio - Mostefa aproveitou a sobra e concluiu para fora. No fim, um jogo para pegar fogo: Özil, aos 14 do segundo tempo, ampliou depois de hesitar frente ao goleiro. Djabou, nos acréscimos, aproveitou buraco na área para descontar. Mas não houve tempo para buscar o empate.

FANTASMA À VISTA: FRANÇA ELIMINA NIGÉRIA E ESTÁ NAS QUARTAS DE FINAL.

Pogba cabeceia para fazer o gol da França no estádio Mané Garrincha (Foto: Getty Images)
Só duas seleções venceram o Brasil em finais de Copa do Mundo: França e Uruguai. E nem todo fantasma brasileiro foi exorcizado nesta edição da competição. Nesta segunda-feira, outro vulto azul, esse mais escuro que os já eliminados uruguaios, voltaram a rondar a imaginação da maioria que vestia camisa amarela no Mané Garrincha. A torcida até que apoiou a Nigéria, mas os Bleus confirmaram o favoritismo, venceram por 2 a 0 (gols de Pogba e Yobo, contra) e estão classificados para as quartas de final. Aguardam o vencedor de Alemanha x Argélia para o jogo da próxima sexta-feira, às 13h, no Maracanã. Caso cheguem até a semifinal, podem cruzar o caminho da Seleção, que pega a Colômbia. saiba mais Saiba como foi o jogo lance a lance Matuidi fala em Brasil: "Por que não?" Galeria: veja fotos de França x Nigéria Atuações: Pogba é destaque francês No currículo da fila brasileira diante dos franceses, não há só título o título perdido em 1998. Conta ainda com eliminações nas quartas de final de 1986 e 2006. Difícil de engolir, assim como foi difícil para os franceses engolir o almoço às 8h, 9h, quase que obrigados por conta do horário da partida. Além do almoço, superar o sol de 13h em Brasília não é das tarefas mais fáceis. Mas a temperatura deu uma trégua, assim como o futebol apresentado até a saída de Giroud. Benzema acordou, o time acordou, o fantasma acordou diante dos 67.882 que estavam no estádio. Primeiro tempo pouco produtivo Antes de a bola rolar, existia uma preocupação sobre o comportamento dos franceses debaixo do sol de 30º. Os nigerianos pareciam não temer a alta temperatura. A preparação foi cuidadosa, tanto que fizeram dois treinos em Brasília bem próximos do horário da partida. Poderia ser um ponto a favor. A bola rolou, a temperatura caiu para 27º, o sol sumiu, o tempo mudou. O calor humano era maior das vozes dos brasileiros. Pogba gol França x Nigéria (Foto: Getty Images) Pogba cabeceia para fazer o gol da França no estádio Mané Garrincha (Foto: Getty Images) Para cada um que gritava “Allez les Bleus” (Vamos azuis!), 10, 20, 30, proporcionalmente, puxavam “Nigéria”, “Nigéria”. Teve até “olé”. Os brasileiros, preocupados com o possível adversário numa semifinal, têm motivo para se posicionarem contra: os franceses ganharam uma final de Copa do Brasil, em 1998, e eliminaram a Seleção em duas quartas de final (1986 e 2006). Chegaram a gritar gol, mas Emenike estava impedido. Lance bem anulado. E vibraram quando Enyeama fez uma excelente defesa no chute de Pogba, após tabela com o rápido Valbuena. Logo depois do “uh” no chute novamente do camisa 9 africano, ficaram apreensivos quando Giroud tocou mal de cabeça. O centroavante, aliás, apesar dos suspiros arrancados seguidos de gritos das mulheres que admiravam sua beleza exibida no telão, apresentou um futebol bem feio. Errou quase tudo que podia. Benzema, tirando uma furada em impedimento, andava sumido. Enyeama entrega o ouro A França do futebol vistoso das duas primeiras rodadas (3 a 0 e 5 a 2 contra Honduras e Suíça) mais parecia com a improdutiva do empate sem gols com Equador. Sem brilho, pouco empolgante. Acanhada a ponto de ficar com menos posse de bola por boa parte do tempo. A Nigéria dedicava mais raça. Onazi era carrapato no meio de campo. Até sofrer a segunda pancada e, dessa vez, ir à lona. Saiu de maca, direto para os vestiários. Pogba gol França x Nigéria (Foto: Reuters) Franceses celebram: time está na fase de quartas de final (Foto: Reuters) Enquanto Ruben Gabriel levantava a mão pedindo para entrar e recompor o time, a França até tentou um contra-ataque. Parou novamente na defesa. Donos do maior número de chutes de certos na primeira fase, mal arriscavam. Benzema, abaixo apenas de Cristiano Ronaldo tratando-se de finalizações, mudou a posição. Saiu da esquerda e foi para o meio. Giroud, vaiado, deu lugar a Griezmann. Ficar frente a frente com a baliza era tudo o que Benzema precisava. Uma jogada individual, a tabela com Griezmann e ele estava de volta ao jogo. Agora mais presente. A conclusão bateu no goleiro Enyeama, carambolou no camisa 10 e quase cruzou a linha. Moses chegou a tempo para salvar. Os Bleus acordaram. Pressionaram. Cabaye acertou o travessão. Benzema quase fez de cabeça. Os gigantes chamaram o jogo para si. Questão de tempo. Até Pogba aproveitar uma saída ruim de Enyeama e mandar de cabeça para a rede. A Nigéria tentou uma pressão no finzinho, sem sucesso. Pior: ainda levou o segundo, em cruzamento de Valbuena que Yobo mandou contra a própria meta. O fantasma França segue na Copa do Mundo. Os brasileiros presentes ao estádio tinham noção disso, e cantaram após o apito final: "França, pode esperar, a sua hora vai chegar."
Franceses celebram: time está na fase de quartas de final (Foto: Reuters)

domingo, 29 de junho de 2014

NOS PÊNALTIS E NA RAÇA, COSTA RICA, DO HERÓI NAVAS, ELIMINA A GRÉCIA E AVANÇA

O maior mérito da Costa Rica foi exatamente a maior qualidade da Grécia: saber resistir.
Campbell não consegue levar vantagem sobre a defesa , de Maniatis, na primeira etapa (Foto: Reuters)
Mesmo com um homem a menos durante toda a prorrogação e boa parte do segundo tempo. O time de Bryan Ruiz, Joel Campbell, Bolaños e do novo herói nacional, Navas, está na história da Costa Rica.
Independentemente do que aconteça contra a Holanda, já que essa equipe superou a campanha de 1990, na Itália. A vitória dramática sobre a Grécia, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, garantiu a inédita classificação às quartas de final da Copa do Mundo. Brilhou Navas, que defendeu a cobrança de Gekas, quarta dos gregos, além de outras milagrosas com a bola rolando. O zagueiro Umaña selou a vitória por 5 a 3 da marca da cal. Uma vitória que havia escapado aos 45 minutos do segundo tempo, quando Sokratis achou o gol grego já nos acréscimos; Ruiz abriu o placar.
Navas é festejado pelos companheiros após vaga garantida nas quartas de final da Copa 2014 (Foto: AP)
saiba mais Confira o lance a lance no Tempo Real Vc dá nota: avalie atletas da Costa Rica Vc dá nota: avalie jogadores da Grécia A comemoração após a cobrança de Umaña foi digna de título. Mais uma. Na mesma Arena Pernambuco, a Costa Rica voltou a surpreender o mundo ao bater a Itália e se classificar por antecipação no grupo da morte. O triunfo sobre o Uruguai na estreia, outro feito surpreendente, foi também um momento com cara de conquista. Pode ser até injusto dizer. Mas a Costa Rica já ganhou sua Copa do Mundo. No próximo sábado, na Arena Fonte Nova, em Salvador, tentará o milagre diante dos holandeses.
Navas é o principal responsável por garantir o empate costarriquenho na prorrogação (Foto: EFE)
Resta à Grécia também comemorar a sua melhor participação em Mundiais. Pela primeira vez, a equipe helênica passou para as oitavas de final e, não fosse o brilho de Navas, poderia ter ido ainda mais longe. Em 1994 e 2010, os gregos não passaram da primeira fase. Navas Costa Rica x Grécia (Foto: AP) Navas é festejado pelos companheiros após vaga garantida nas quartas de final da Copa 2014  Muralha grega leva vantagem, e placar fica zerado O ritmo cadenciado do primeiro tempo favoreceu mais a Grécia.
Na disputa Navas x Karnezis, melhor para costarriquenho, que pegou pênalti de Gekas (Foto: Reuters)
Apesar do certo equilíbrio denunciado no placar de 0 a 0, o time europeu soube se defender e, surpreendentemente, atacar melhor que a Costa Rica. Aos 36 minutos, Salpingidis desperdiçou a única grande oportunidade da primeira etapa. Navas desviou o chute cruzado do atacante dentro da área, após cruzamento de Cholevas. Arrancou suspiros do público. Um momento raro em toda a primeira etapa. A Grécia cumpriu a cartilha. Bem postada na defesa, organizada no meio. Na medida do possível, perigosa nos contra-ataques. Único homem à frente da linha da bola, Samaras mostrou qualidade. O atacante do Celtic soube bem o que fazer com a bola, mesmo quando não tinha chance de finalizar. Esperava-se mais da Costa Rica. Sobretudo do setor ofensivo, da dupla Bryan Ruiz e Joel Campbell. Um chute perigoso de Bolaños, fruto de uma boa trama no ataque, foi o único momento de inspiração. O ritmo do primeiro tempo acabou frustrando a torcida, que não economizou nas vaias na descida para o intervalo.
Óscar Duarte é expulso da partida (Foto: Reuters)
Giannis Maniatis jogo Costa Rica x Grécia  Campbell não consegue levar vantagem sobre a defesa , de Maniatis, na primeira etapa (Foto: Reuters) Costa Rica na frente, expulsão e, de novo, gol grego dramático Talvez a reclamação do público tenha surtido efeito. Talvez tenha sido só mais uma ironia do futebol. O ferrolho grego, a muralha, apenas assistiu Bolaños rolar a bola para Bryan Ruiz na entrada da área. Desmarcado, o atacante do PSV emendou o chute no cantinho do goleiro Karneziz, imóvel. Pareceu um gol em câmera lenta. O segundo de Ruiz na Copa. O segundo na Arena Pernambuco. Oscar Duarte recebe cartão vermelho jogo Costa Rica x Grécia (Foto: Reuters) Óscar Duarte é expulso da partida  Desvantagem assimilida, o técnico Fernando Santos resolveu mexer na Grécia. Saiu o volante Samaris para a entrada do atacante Mitroglou. Àquela altura, buscar o ataque era a única alternativa. Ainda mais depois que o zagueiro Duarte foi expulso. Ele já tinha amarelo e deu uma entrada dura em Cholevas aos 20 minutos.
Com um homem a mais, a Grécia se lançou de vez à frente. Martelou até o fim. Seguiu fiel ao princípio de nunca desistir. Acreditar sempre. Até o último segundo. Como em um flashback, o time helênico repetiu a façanha vista na última rodada da fase de grupos. O gol de empate saiu já nos acréscimos. Assim como o gol da classificação no Grupo C, contra a Costa do Marfim. Daquela vez, Samaras. Desta vez, Sokratis. Foi o zagueiro que aproveitou o rebote do goleiro Navas, após a finalização de Gekas. Mais um gol com espírito grego. Antes da prorrogação, Navas ainda precisou fazer uma grande defesa numa cabeçada de Mitroglou. Quase acontece a virada. Sokratis Papastathopoulos gol jogo Costa Rica x Grécia

Sokratis desaba após o gol de empate da Grécia nos descontos do segundo tempo  Grécia pressiona, e Navas segura empate na prorrogação O primeiro tempo da prorrogação correu sem maiores emoções. A vantagem numérica conduzia a Grécia de maneira mais incisiva ao ataque, mas as chances não apareceram. Um ou outro lance exigiu dos goleiros. No lance mais perigo, Navas evitou o gol contra de Umeña logo no primeiro minuto. A segunda parte seguia o mesmo enredo. Cada vez mais tensa, obviamente. Os costarriquenhos tentavam se multiplicar para amenizar a perda de Duarte. Os gregos se sentiam na obrigação de aproveitar a vantagem, antes dos pênaltis. Aos 7 minutos, um contra-ataque da equipe europeia abriu a porta da vitória. Cinco contra dois. Era a chance. Torodisis recebeu na área e chutou cruzado. Navas espalmou. Um lance mais espetacular viria nos acréscimos. Mitroglou teve a classificação nos pés, mas perdeu o gol dentro da área. Fez-se a vontade da torcida brasileira - maioria absoluta no estádio - que comemorou o apito final como um gol. Para ter o prazer de ver os pênaltis. Navas Costa Rica x Grécia  Navas é o principal responsável por garantir o empate costarriquenho na prorrogação (Foto: EFE) Navas volta a ser decisivo nos pênaltis As equipes mostraram competência nas cobranças de pênaltis. Pelo lado costarriquenho, Celso Borges, Bryan Ruiz, Giancarlo González e Campbell tratavam de sempre deixar o time centro-americano em vantagem. Nas três primeiras cobranças gregas, Mitroglou, Christodoulopoulos e Cholevas mantiveram a igualdade. No quarto pênalti para os europeus, Gekas bateu e Navas voou para pegar. Bastou ao zagueiro Umaña, um dos destaques dos Ticos no Mundial, confirmar a sua cobrança para iniciar a festa. Agora, a surpresa da Copa 2014 tem a Holanda no caminho. Navas e Karnezis Costa Rica x Grécia Na disputa Navas x Karnezis, melhor para costarriquenho, que pegou pênalti de Gekas.

as mais belas torcedoras musas da Copa do Mundo do Brasil

Imagens mostram as mais belas torcedoras musas da Copa do Mundo do Brasil

Bela Torcedora
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Brazil Soccer WCup Brazil Mexico
Brazil Soccer WCup Brazil Mexico
Brazil v Mexico: Group A - 2014 FIFA World Cup Brazil
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Belgium v Algeria: Group H - 2014 FIFA World Cup Brazil
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A redenção de Julio César

Julio César defende a cobrança de pênalti de Alexis, do Chile. / PETER POWELL (EFE)
“Não me sinto titular”, repetia Julio César Soares (Rio de Janeiro, 1979) duas semanas antes da Copa do Mundo. Sua transferência do Queens Park Rangers inglês (onde era reserva) para o Toronto F.C. da Major League Soccer dos EUA e do Canadá no início deste ano não lhe tinha garantido nem mesmo a titularidade requerida para chegar em boa forma à Copa.Os torcedores o haviam culpado pela eliminação do Brasil pela Holanda em 2010, e depois desse jogo ele saiu da seleção. Em 2013, recuperou seu posto de titular e conquistou a Copa das Confederações da FIFA no Brasil, recebendo até mesmo o prêmio de melhor goleiro. Mas sua temporada não dava motivos para otimismo. Com um pouco de sobrepeso e menos intocável que nunca, o campeão da Champions com a Inter de Milão em 2010 parecia já não oferecer a segurança de outros tempos. Jefferson, seu teórico reserva (goleiro do Botafogo), aterrissou na concentração brasileira em Teresópolis gerando manchetes por dizer que acreditava ser capaz de jogar como titular na Copa e trabalhava duramente para isso. Quatro anos atrás dei uma entrevista muito triste e muito emocionado; agora a repito, mas com felicidade” Para complicar, Julio César não convenceu em nenhum dos dois amistosos que a seleção da Scolari disputou no início de junho. Ele se mostrava lento, pouco ágil. Em um país que condenou o goleiro Barbosa a 40 anos de ostracismo e miséria pelo gol que sofreu de Ghiggia no “Maracanazo”, defender a meta brasileira na “Copa das Copas” era uma responsabilidade quase angustiante em tais condições. Conhecedor da falta de piedade do futebol, saiu em defesa de Íker Casillas depois do 5-1 da Holanda sobre a Espanha: “Ele sofreu acidentes, assim como eu e outros, mas nunca deixará de ser um goleiro vitorioso, e é assim que devem pensar os torcedores espanhóis”. Os jogadores do Brasil abraçam Julio César. / IAN WALTON (GETTY IMAGES) Na tarde deste sábado, Jefferson abraçou efusivamente Julio César no gramado do Mineirão, em Belo Horizonte. Seus companheiros quase não o deixavam andar. Nas ruas de Copacabana, meia hora depois do pênalti desperdiçado por Jara, seu nome era entoado pela multidão no primeiro momento de autêntica euforia de rua no Rio em meses. A priori, a competência de Claudio Bravo para os pênaltis (um especialista nisso, recém-contratado pelo Barcelona) dava certa vantagem aos andinos. Bravo fez sua parte: defendeu a cobrança de Hulk e quase fez o mesmo com a de Marcelo. Mas o destino havia reservado para Julio César o papel de herói, depois que o goleiro ostentou durante anos um perfil baixo. A eterna sorte de Scolari nas cobranças de pênaltis (como treinador de Portugal, eliminou a Inglaterra na Eurocopa de 2004 e na Copa do Mundo de 2006) ganhou mais um episódio para reforçar a lenda.O Brasil afasta o fantasma de Zico na Copa de 1986 no México e prolonga sua trajetória bem-sucedida nos nove metros: um pênalti perdido de Roberto Baggio deu de bandeja o Mundial de 1994 à seleção brasileira, que quatro anos depois eliminou nos pênaltis a Holanda nas semifinais. Julio César chorou antes e depois das cobranças. Garantida a classificação para as quartas, ele desabou no gramado do Mineirão: “Sei que minha história na seleção não acabou. Quatro anos atrás, dei uma entrevista muito triste e muito emocionado; agora a repito, mas com felicidade”. O povo, pelo que se pode ver nas ruas, o perdoou.
Os jogadores do Brasil abraçam Julio César. / IAN WALTON (GETTY IMAGES)

sábado, 28 de junho de 2014

JULIO CÉSAR PEGA DOIS PÊNALTIS, CHILE BATE NA TRAVE, E BRASIL VAI ÀS QUARTAS.


Quatro palavras, separadas em duas frases, resumem o que aconteceu neste sábado à tarde no Mineirão. Primeiro, o que Julio César disse a Thiago Silva, instantes antes de o Brasil eliminar o Chile nas cobranças de pênalti, por 3 a 2, após empate por 1 a 1 até o fim da prorrogação, e avançar para as quartas de final da Copa do Mundo. Disse o camisa 12 ao capitão: - Vou pegar. E pegou. Julio César defendeu a cobrança de Pinilla, que chutou forte, mas no meio do gol. E em seguida espalmou o chute de Alexis Sánchez. Não precisou pegar o chute de Jara, que explodiu na trave e fez explodir o Mineirão. David Luiz, Marcelo e Neymar marcaram, Willian e Hulk perderam. Julio César defende a cobrança de Alexis Sánchez: goleiro conduz a Seleção às quartas de final (Foto: AP) A segunda frase que explica o jogo nasceu no meio da prorrogação, no auge da agonia, no ápice do sofrimento, quando quase não se respirava nas arquibancadas e mal se pensava em campo. O Brasil sofria e fazia sofrer. - Eu acredito! Foi tamanho o nervosismo, o sofrimento, que o Mineirão tratou de apelar para um grito jamais ouvido em partidas do Brasil. E a Seleção lá é time no qual é preciso declarar fé? Neste sábado, foi preciso. Não poderia estar mais certo Luiz Felipe Scolari, quando previu que o Chile seria o adversário mais difícil possível para o Brasil nas oitavas. Julio César pula e recebe o abraço dos jogadores após a última cobrança: herói no final (Foto: AP) O Chile de 2014 nada tem a ver com o de 1962, 1998 ou 2010 - aqueles a quem o Brasil destroçou quando cruzou nas Copas do Mundo. A equipe treinada pelo argentino Jorge Sampaoli joga, pensa, cria problemas, enquadra Neymar, faz sofrer. O retrospecto não entra em campo, como insistiram Felipão e seus jogadores desde que ficou definido que o confronto das oitavas de final da Copa do Mundo seria contra os fregueses. Brasil e Chile fizeram um jogo de nervos - com algum futebol no meio. O "Mineirazo" esteve sempre à espreita. mas Julio Cesar avisou: - Vou pegar. O Mineirão devolveu: - O campeão voltou. Na próxima sexta-feira, na Arena Castelão, o Brasil enfrenta nas quartas de final o vencedor de Uruguai e Colômbia, adversários no fim da tarde deste sábado, no Maracanã. Joga sem Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e com Neymar, Daniel Alves, Thiago Silva, Hulk e os reservas Jô e Ramires pendurados. Felipão vibra, Neymar e Thiago Silva choram: alegria sofrida (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) Desequilíbrio na sombra A sombra numa faixa de gramado do Mineirão no primeiro tempo era só uma coincidência, mas o fato é que só se jogava por ali. Marcelo era o jogador mais acionado quando o Brasil tinha a bola - e o mais incomodado quando o Chile tomava as ações. Daniel Alves colaborou para esse desequilíbrio. O lateral direito perdeu uma bola ao sair jogando, nos lances iniciais da partida, e ofereceu um contra-ataque perigoso ao Chile. Desde então, o campo se inclinou para o outro lado. O camisa 2 só voltou a aparecer a três minutos do fim do primeiro tempo, ao arriscar um chute de fora da área que obrigou Bravo fazer linda defesa. Jara desvia de chilena, bola raspa na barriga de David Luiz e vai para o gol (Foto: Agência AP) Foi de um ataque pela esquerda que surgiu o escanteio que Neymar cobrou na cabeça de Thiago Silva. O capitão desviou no meio da área, e David Luiz entrou com Jara na segunda trave. A bola foi para a rede, desviada de chilena por Jara, mas o gol foi dado para o camisa 4, em quem a bola raspou por último, de leve, na barriga. Primeiro gol dele com a camisa amarela, o único titular que ainda não tinha marcado pela Seleção. E como gritou David Luiz, e como gritou o Mineirão. David Luiz agradece ao céu pelo primeiro gol pela seleção brasileira (Foto: Getty Images) O gol deixou o Brasil à vontade para jogar no contra-ataque. O time de Felipão desistiu de marcar por pressão, recuou suas linhas, esperou o Chile e sempre esteve mais perto de marcar o segundo do que sofrer o empate. Fred tentou, Neymar tentou, Hulk tentou - do setor ofensivo, só Oscar não arriscou contra o gol chileno. O adversário tinha mais posse de bola - 57% a 43% de posse no primeiro tempo - mas a marcação brasileira funcionava. Vidal, que ameaçara uma atuação brilhante nos minutos iniciais, caiu num buraco negro em algum lugar entre David Luiz e Marcelo e dali não saiu. Alexis tinha que ir até a defesa para tentar alguma coisa diferente, Vargas mal via a bola. Tanto conforto em campo se transformou em desatenção. Hulk devolveu mal um lateral cobrado por Marcelo, a bola sobrou limpa para Alexis, que venceu Julio Cesar com um chute cruzado, preciso, rasteiro: 1 a 1. O Mineirão calou - com exceção das pequenas manchas vermelhas nas arquibancadas. Alexis Sánchez salta para comemorar o gol diante da massa amarela e um chileno (Foto: Agência Reuters) Jogo bruto O Brasil voltou a tomar a iniciativa no segundo tempo. O Mineirão cantava o hino, os de pé cobravam os sentados: "Levanta!". E o time de Scolari lutava. Como na maior parte do primeiro tempo, era um jogo sujo, bruto, com mais divididas do que troca de passes, com mais faltas do que finalizações. Hulk chegou a desempatar, mas foi flagrado por Webb dominando no braço o lançamento de Marcelo (assista ao lance no vídeo ao lado). Gol bem anulado. O Chile devolveu com uma linda tabela pela direita. Aranguiz acertou disparo de dentro da área, Julio César fez uma defesa espetacular, no contrapé. E deu pistas de que estava ali para salvar mesmo. Felipão mexeu: trocou Fernandinho por Ramires e Fred por Jô. O Brasil agora tinha mais a bola, mas não ideias. Hulk obrigou Bravo a trabalhar, Jô furou diante do goleiro batido em cruzamento rasteiro. Quando conseguia sair das cordas, o Chile incomodava - mas finalizava mal. Depois de 16 anos, o Brasil voltou a uma prorrogação na Copa, sua sexta na história do torneio. Cansaço psicológico Acabou o segundo tempo, com toda uma prorrogação a disputar, dois tempos de 15 minutos que decidiriam o futuro do Brasil na Copa do Mundo. Um a um, os brasileiros caíram. Fred, substituído por Jô, entrou em campo com garrafas d'água. Enquanto isso, os chilenos se abraçaram, todos de pé. Fizeram uma rodinha, como se houvesse todo um jogo pela frente. Neymar se ajoelhou, escondeu a cabeça entre os braços, Thiago Silva parecia exausto. Felipão conversa com os jogadores do Brasil antes da prorrogação (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) Hulk foi a exceção. O camisa 7 atravessou o campo com a bola dominada, cavou falta. Parecia querer se redimir da bobeada no gol chileno. Em seguida, cortou o campo em diagonal outra vez e chutou de longe, com força, para outra boa defesa de Bravo. Foi o mais lúcido do ataque brasileiro, que, no mais, não criou. O Chile fez pouco, pareciam eles os exaustos na prorrogação. Felipão trocou Oscar por Willian, na última substituição. Com a respiração presa, o Mineirão assistiu a um festival de cruzamentos sem perigo, passes errados, faltas e jogadores chilenos caídos no segundo tempo. Num contra-ataque, quando os relógios do estádio mostravam 119 minutos e 40 segundos jogados, Pinilla acertou uma bomba no travessão de Julio César. Último susto antes do capítulo final nos pênaltis. Com câimbras desde antes do apito final, Neymar desabou. Na preparação para as cobranças, o veterano Julio César expôs a tensão brasileira e chegou a derramar lágrimas. Prenúncio da emoção que ainda teria que vivenciar na partida. David Luiz iniciou a série acertando com força no canto. A mesma firmeza com que Julio César defendeu a cobrança de Pinilla. Em seguida, Willian chutou para fora, apesar de deslocar o goleiro. Mas o camisa 12 brasileiro salvou outra, parando Alexis Sánchez. Marcelo converteu, com leve desvio de Bravo. Aranguíz encheu o pé e balançou a rede no ângulo. Hulk também bateu forte, mas o 1 chileno tirou com o pé. Díaz igualou para 2 a 2 em seguida. Julio César pula no canto certo, e a bola bate na trave: sorte ajuda ao competente (Foto: Reuters) Depois de dois erros e dois acertos para cada lado, chegou a hora decisiva. Neymar fez o dele. E ficou para Julio César a decisão. Diante do autor do gol contra marcado oficialmente para David Luiz, o goleiro não acertou o canto, mas a trave parou Jara. Além de saber sofrer, é preciso ter sorte. Thiago Silva é consolado por Murtosa, e Felipão vibra diante de Fernandinho e Neymar.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Atirador de elite pede autorização e quase mata inocente na abertura da Copa

A estreia da Copa do Mundo no Brasil quase acaba em tragédia. Por muito pouco um inocente não foi morto por um atirador de elite, durante o jogo entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho, na Arena Corinthians, em São Paulo.
Foto: Reprodução/Twitter 
Tudo aconteceu por um erro de comunicação, que deixou a vida de um policial por um fio. Quando o jogo já estava rolando, um atirador de elite que era responsável pela segurança dos chefes de estado presentes ao evento, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa Joseph Blatter, viu um homem armado próximo à tribuna de honra do estádio. De acordo com a Folha de S. Paulo, sem saber que se tratava de um policial, o responsável pela segurança imediatamente pediu autorização a seus superiores para matar o suspeito. Confira todas as notícias da Copa do Mundo 2014 O tiro não foi disparado, mas a situação que tiraria a vida de um inocente, gerou uma crise entre as polícias civil e militar, já que as duas apresentaram versões diferentes para explicar o porquê de o agente estar no local. O mal entendido está sob investigação da Secretaria de Segurança Pública. Com isso, o policiamento deverá fazer um reforço dos protocolos de segurança para os jogos restantes do Mundial.

Fonte: Correio da Bahia.

Anatel abre concurso com 100 vagas e salários até R$11 mil


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou, no início da tarde desta sexta-feira (27), o edital do concurso para 100 vagas para os níveis médio e superior. Do total de oportunidades, 32 serão para o nível médio: 20 para técnico administrativo e 12 para técnico em regulação de serviços de telecomunicação. Já no superior, a oferta total será de 68 oportunidades, distribuídas pelos cargos de analista administrativo, com 20, e especialista em regulação de serviços de telecomunicações, com 48. Haverá também formação de cadastro de reserva. Os salários oferecidos para para técnicos administrativos são de R$5.791,25, enquanto que os ganhos dos técnicos em regulação será de R$ 6.047,25. Já a remuneração será de R$10.916,90 para os analistas, e de R$ 11.776,90 para os especialistas. Todos os valores já estão inclusos os R$373 de auxílio-alimentação. As inscrições poderão ser feitas no site do Cespe/UnB, organizador do certame, a partir do dia 11 de julho até o dia 1º de agosto. As taxas são de R$50 para o nível médio e de R$100 para o superior. A avaliação dos concorrentes será por meio de provas objetivas para todos os cargos. Esses exames serão realizados em 14 de setembro, e serão compostos por 120 questões, sendo 50 de Conhecimentos Básicos e 70 de Específicos. Haverá ainda avaliações discursivas e de títulos para o superior, e curso de formação apenas para os especialistas e analistas. VEJA O EDITAL Todas as etapas serão realizadas em Brasília. O prazo de validade do concurso é de um ano, podendo ser prorrogado por igual período. As vagas serão destinadas a Brasília, onde fica a sede da autarquia, porém os aprovados têm a possibilidade de mudar de cidade. As contratações serão em regime estatutário.

Fonte: Correio da Bahia

CÂNDIDO SALES - BAHIA DE 30 A 05 DE JULHO FESTIVAL DE INVERNO.

CÃNDIDO SALES - BAHIA  
DE 30 JUNHO À 05 DE JULHO FESTIVAL DE INVERNO
PROGRAMAÇÃO CULTURAL  E MUITO MAIS BANDAS DA  CIDADE E REGIÃO.
LEO SANTANA, CASADÕES DO FORRÓ, FORRÓ SABOREAR, RASTAPÉ SAPATILHA 37, FORRÓ SUCO DE ECAPIMENTA, TIRANA SÊCA, GAROTA FACEIRA, BEIJO APIMENTADO E MUITO MAIS.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CÃNDIDO SALES - BAHIA
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA CÃNDIDO SALES - BAHIA

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Suárez é suspenso do próximo jogo contra a Colômbia por causa da mordida

REUTERS / REUTERS LIVE
A Comissão Disciplinar da FIFA castigou na manhã desta quinta-feira o jogador uruguaio Luis Suárez com a suspensão por nove partidas internacionais, e a proibição de exercer qualquer atividade futebolística durante quatro meses a partir de agora, por causa da mordida que deu no jogador da defesa italiana Chiellini no jogo da terça-feira passada entre Itália e Uruguai. A FIFA, que o considera culpado por ter violado o artigo 48 do Código Disciplinar da FIFA (agressão a outro jogador) e 57 (conduta ofensiva e falta de fair play) aplicará o castigo a partir do jogo das oitavas de final neste sábado, entre Colômbia e Uruguai. O resta do castigo será aplicado nas seguintes partidas do Uruguai na Copa do Mundo se a seleção Celeste seguir avançando no torneio, ou nas partidas oficiais seguintes. De acordo com o artigo 22 do Código, o atacante uruguaio do Liverpool não poderá exercer atividade alguma relacionada com o futebol (seja administrativa, desportiva ou de qualquer outra classe) e nem entrar em nenhum estádio durante a duração da proibição. O jogador também não poderá entrar nos recintos do estádio em que a seleção uruguaia estiver disputando um jogo enquanto estiver cumprindo com as nove partidas de suspensão. Por último, foi imposta uma multa no valor de 247.260 reais. Não cabe apelação à medida, que já foi comunicada ao jogador e à Associação Uruguaia de Futebol. Um porta-voz da FIFA afirmou que a sanção não impediria Suárez de ser contratado por outro clube. Essa é a terceira vez que o atacante uruguaio é castigado por um ato como esse. E, neste caso, ainda que a federação uruguaia alegue, a sanção não se suspenderia. Anteriormente, impuseram a ele sete partidas de suspensão quando mordeu Bakkal, ainda quando era jogador do Ajax e depois o castigaram com a suspensão de mais 10 jogos quando mordeu Ivanovic já no Liverpool.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

O penúltimo capítulo da novela de Euclides da Cunha

Anna Sharp com o caderno de sua avó em mãos. / BOSCO MARTÍN

Imagem de uma das páginas do caderno de Anna Emília. / BOSCO MARTÍN
No começo de maio, a terapeuta e consultora Anna Sharp recebeu um caderno muito antigo, no qual reconheceu imediatamente a letra de sua avó, Anna Emília Ribeiro (1872-1951), mulher do escritor Euclides da Cunha. O caderno, já com suas 45 páginas amareladas pelo tempo e sem data, é a sua versão sobre o episódio mais trágico de sua vida. Em 1909, Euclides morreu durante um duelo de honra com o seu rival amoroso e amante de Anna Emília, Dilermando de Assis (1888-1951), um enredo digno de novela de época. Imagem de uma das páginas do caderno de Anna Emília. / BOSCO MARTÍN Depois de passar uma noite em claro, fumando um cigarro atrás do outro, o escritor resolveu ir pela manhã até a casa do amante, no bairro da Piedade, zona norte do Rio de Janeiro. Ao chegar, anunciou: “Vim para matar ou morrer”. Dilermando, com 21 anos e cadete do Exército, levou dois tiros, mas Euclides, já com 43, foi quem acabou morto no jardim de sua casa, com quatro balas no corpo, numa segunda-feira nublada às 10h30 da manhã. O episódio ficou conhecido como A tragédia da Piedade e terminou com a absolvição de Dilermando, que alegou legítima defesa enquanto o país se consternava com uma morte infortunada e desacertadamente impune do autor de Os Sertões (1902). “Eu tenho que dizer o que sei sobre essa fatal tragédia [...], e não agradar a uns prejudicando a outros. Não venho nem ofender, nem acusar. Venho cumprir com o sagrado dever: dar desencargo à minha consciência e ao meu espírito”, são as primeiras linhas do caderno de Anna Emília, que Sharp lê com o cuidado de quem tem medo de que as folhas desmanchem ao tocá-las. Sharp se senta em uma poltrona na sala do apartamento de sua filha, nos Jardins, uma região de classe alta em São Paulo. Conta que o caderno chegou até ela por acaso, apesar de considerar a coincidência “um sinal” para que voltasse a escrever um livro que estava há cinco anos parado, Vozes do Passado, sobre sua história com a avó. “Um desconhecido me enviou parte do diário escaneado, por email”, explica a terapeuta carioca, que vive em Bananal, na Serra da Bocaina, divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Não se trata de diminuir o valor dele como escritor nem de sua obra, mas de contar que em sua vida pessoal era, de fato, um egocêntrico”, explica uma especialista O conteúdo, de uma caligrafia harmônica e com palavras estendidas e espaçadas, revela que Anna Emília teve “uma vida sofrida, de humilhação e de muita violência por parte do Euclides”, explica Sharp, que já adiantou que não irá publicá-lo na íntegra. O motivo, consideração. “Não vou divulgar determinados trechos por respeito a um gênio que era psicologicamente doente”, disse. Anna Emília fala sobre este lado obscuro de Euclides na página oito do caderno: “Foi justamente o seu erro. Queria impor-me o amor, e pretendia-o por meio dos insultos e das brutalidades!”. Em outro momento, narra uma situação vivida na porta de casa. “Para mostrar-lhe que vivíamos na maior harmonia, fui recebe-lo à porta, dando-lhe o meu primeiro beijo na testa. Queria documentar a nossa amizade. Cruel decepção! Dando-me um empurrão, Euclides afastou-me de si dizendo: “Não gosto deste gesto de prostituta”. Estava dado o meu primeiro e último beijo, o osculus bellicus [beijo de guerra] que nos apartava de vez”. O texto não está composto apenas de lamentações. Anna Emília também fala do amor que sentia por Dilermando e seu registro parece mais um resguardo do que uma doce lembrança – já que seu adultério foi condenado pela sociedade da época. Naquele momento, entretanto, se limitou a dizer: “O meu silêncio é a minha defesa”. A pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que escreveu sobre a vida e obra do autor, Anabelle Loivos, acredita que todo e qualquer registro escrito deve ser lido em seu contexto. “É muito perigoso trazer à tona uma história insepulta, cheia de dados mal apurados. Não é correto interpretar essa história com a mentalidade de hoje”, argumenta, indo contra a ideia de que Anna Emília, que tinha 16 anos ao se casar, teria sido violentada e estuprada por Euclides, de 24. Na época, explica Loivos, essa era sua obrigação como esposa, ainda que lhe causasse certa repugnância fazer sexo com o marido que nunca amou, segundo conta no caderno. Não é correto interpretar essa história com a mentalidade de hoje”, argumenta uma especialista, indo contra a ideia de que Anna Emília, que tinha 16 anos ao se casar, teria sido violentada e estuprada por Euclides, de 24 O texto é eminentemente subjetivo. Segundo Luiza Nagib Eluf, autora de uma das biografias do escritor, Matar ou morrer, é necessário tratar o texto “cruzando as informações desse diário com as já apuradas até o momento. Não se trata de diminuir o valor dele como escritor nem de sua obra, mas de contar que em sua vida pessoal era, de fato, um egocêntrico”. De qualquer forma, o caderno de sua mulher deu um pouco mais de luz à ainda incompleta, pouco conhecida e mal documentada vida do grande escritor brasileiro. A morte de um mito em um caderno “digno de museu” O caderno escrito pela mulher de Euclides da Cunha mostra o lado mais negativo do escritor e acrescenta detalhes escabrosos ao seu já conhecido temperamento grosseiro, frio e pouco sociável. Anguns especialistas, no entanto, consideram que nem tudo relativo ao caráter do escritor foi bem explicado. “Sua mulher, Anna Emília, teve um papel fundamental na sua bra. E se ele de fato era um monstro, não teria dedicado a ela sequer um poema”, defende a pesquisadora Anabelle Loivos, que considera que a morte de Euclides permanece ainda como uma ferida aberta na história da literatura brasileira: “Não morreu um homem, morreu um mito”. Para ela, o escritor teve um papel preponderante na criação de um caráter literário genuinamente brasileiro, tarefa inconclusa por sua morte precoce. Luiza Nagib Eluf, autora de uma biografia do escritor, considera o caderno descoberto “digno de museu”. Para ela é o único testemunho do ponto de vista da mulher escrito naquele tempo. Eluf considera que sua publicação “evitará a parcialidade machista em toda esta história”. “Foi algo muito triste para todos e ainda permeia a família, mas não se trata de um tabu. Na verdade, ainda se conta aos mais jovens. No fundo, foi uma lindíssima história de amor”, replica a neta, Anna Sharp. O que sim foi um tabu, segundo outro pesquisador especializado na figura do escritor, Roberto Ventura, foi sua problemática relação com a mulher, sua representação literária e a forma de assumir a sua própria sexualidade. Euclides dedicou poemas a mulheres, apesar de assexualizar elas e trocar seus nomes por denominações de países ou abstrações, como Bolívia ou República, por exemplo. Assim se referia às mulheres que passaram pela sua vida, tanto em poemas como em cartas. Em Os Sertões, sua grande obra, não elogiou abertamente nenhuma mulher em concreto. Em suas descrições alternava as palavras bela e beleza ou outras muito mais duras e insultantes. O especialista acrescenta que costumava passar do grotesco ao sublime sem meio termo, sem parar em uma sensualidade real.

Neymar coloca o Brasil nas oitavas de final

Neymar comemora seu segundo gol na partida (Foto: Clive Brunskill/Getty Images)
O Brasil goleou Camarões nesta segunda-feira (23), no Mané Garrincha, em Brasília. Neymar brilhou mais uma vez, fez dois gols, foi o craque da partida e, ovacionado, deixou o gramado como artilheiro isolado da Copa do Mundo. Fernandinho entrou bem na segunda etapa e agora ameaça a vaga de Paulinho na equipe titular. Com a vitória, a Seleção terminou a fase de grupos em primeiro lugar no grupo A e agora pega o Chile nas oitavas de final. >> México vence Croácia e se prepara para enfrentar a Holanda Após ter a ausência de Hulk no jogo contra o México por conta de dores na coxa, Felipão contou com todos seus jogadores à disposição. Por isso, a equipe ideal do comandante brasileiro foi a campo - os mesmos onze jogadores da estreia. Desde os primeiros minutos, o Brasil foi ao ataque. Tentando repetir a blitz imposta durante a Copa dos Confederações, quando gols saíam logo nos primeiros minutos de partida, a Seleção assumiu a responsabilidade ofensiva da partida e sufocou Camarões. Com apenas dois minutos, o Brasil chegou pela primeira vez. Do campo de defesa, Daniel Alves descolou ótimo lançamento para Neymar. O atacante cruzou para Paulinho e, após um bate-rebate dentro da área, Luiz Gustavo chutou em cima da zaga adversária. Aos 14 minutos, a partida teve um lance polêmico. Neymar correu até a linha de fundo, mas não conseguiu evitar que a bola saísse. Nyom o acompanhou e, no fim, empurrou o atacante brasileiro no chão. O árbitro sueco Jonas Eriksson deu uma bronca no defensor, mas não mostrou o cartão amarelo. Allan Nyom volta para ajudar Neymar após empurra-lo (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko) Allan Nyom volta para ajudar Neymar após empurra-lo (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko) O empurrão parece ter dado forças a Neymar. No lance seguinte, o camisa 10 foi para dentro da área e viu Luiz Gustavo arrancar pela lateral esquerda, após roubar a bola do zagueiro camaronês. O volante cruzou e Neymar não teve trabalho para abrir o placar. A vantagem trouxe uma falsa tranquilidade ao Brasil. A pressão ofensiva era mantida, lances perigosos continuavam sendo criados, mas Camarões não abdicava do ataque. Aos 24 minutos, Moukandjo cruzou para Matip cabecear a bola no travessão. No minuto seguinte, o mesmo Matipo surgiu para empatar a partida. Nyom ganhou o duelo com Daniel Alves e cruzou para o zagueiro marcar. O inesperado empate trouxe dúvidas à torcida que lotava o Mané Garrincha. Foram dez minutos de apreensão até que Neymar, mais uma vez, resolvesse o problema. O lançamento de David Luiz rebateu na zaga e caiu nos pés de Marcelo. O lateral tocou para o camisa 10 que avançou, tirou do zagueiro e chutou no contrapé do goleiro Itanjde. Esse foi o quarto gol de Neymar, agora artilheiro isolado da Copa do Mundo. Camarões viu que não seria possível brigar de igual para igual com o Brasil e aceitou a derrota nos minutos finais. A Seleção Brasileira seguia atacando, mas os gols ficaram guardados para a segunda etapa. Segundo tempo Felipão voltou do intervalo sem Paulinho. O volante fora criticado por imprensa e torcedores nas partidas anteriores e, dessa vez, deu lugar mais cedo para Fernandinho. A mudança de postura foi imediata. Com apenas quatro minutos, o Brasil ampliava o placar em Brasília. Após ataque, o rebote sobrou justamente nos pés de Fernandinho. O volante tirou do marcador e abriu na lateral para David Luiz. O cruzamento serviu de assistência perfeita para Fred, impedido, fazer seu tão esperado primeiro gol na Copa. Com 3 a 1 no placar, o Brasil garantia a vitória e, consequentemente, a classificação para as oitavas de final. Camarões também sabia que a derrota era inevitável e, então, passou a ser mais violento na partida. Para dar maior segurança a seu meio-campo, Felipão tirou Hulk, que não foi bem na partida, e colocou Ramires. O Brasil ficou mais compacto e ganhava com a versatilidade do camisa 16. Aos 25 minutos, Scolari preferiu prevenir. Pendurado com um amarelo (e caçado em campo pelos adversários), Neymar saiu, ovacionado, para a entrada de Willian. Talvez a informação não chegasse aos jogadores, mas naquele momento o Brasil estava prestes a perder a primeira colocação no grupo A. Isso porque na outra partida, na Arena Pernambuco, o México ia vencendo a Croácia por 3 a 0. Mais um gol seria o suficiente para que os Tricolores ultrapassassem a Seleção Brasileira. Fernandinho chuta para o gol! Brasil 4 a 0 (Foto: Buda Mendes/Getty Images) Fernandinho chuta para o gol! Brasil 4 a 0 
 Allan Nyom volta para ajudar Neymar após empurra-lo (Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko)

Um gol era essencial e veio com o melhor jogador brasileiro no segundo tempo. Após falha da zaga camaronesa, Fernandinho, Fred e Oscar trocaram passes rápidos. A bola foi enfiada para Fernandinho que, de bico, acertou o canto do gol de Itanjde, fechando o placar. O volante parece ter caído nas graças da torcida e agora ameça a titularidade de Paulinho. Nos minutos finais, o Brasil administrou a vantagem, sem se expor, mas quase chegou no gol em chute de Willian. Goleada para a torcida que lotou o Mané Garrincha e classificação garantida para a próxima fase. A Seleção de Felipão terá pela frente o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte (dia 28, às 13h). O outro classificado do grupo A foi o México, que pegará a Holanda, na Arena Castelão, em Fortaleza (dia 29, às 13h).

Granja Comary





















 GRANJA COMARY

Granja Comary é o nome pelo qual é conhecido o Bairro Carlos Guinle da cidade de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. O bairro tem sua origem no loteamento da antiga fazenda de Carlos Guinle - chamada Granja Comary -, realizado a partir de 1951. Atualmente o bairro é muito conhecido por abrigar a sede da Seleção Brasileira de Futebol. A Granja Comary, comprada pela Confederação Brasileira de Futebol em 1978 e transformada em local de concentração da seleção em 1987, conta com mais de 150 mil metros quadrados de área verde, divididas entre cinco campos, infraestrutura para atendimento aos atletas e um moderno centro de treinamento. Além da seleção adulta, possui centro de treinamento de outras categorias. É um dos bairros mais nobres da cidade. A Granja atrai turistas também pela bela paisagem composta pelo Lago Comary (artificial), de cujas margens podem ser vistos os picos da Serra dos Órgãos, incluído o Dedo de Deus. É um "cartão postal" do Município de Teresópolis O Lago Comary foi tombado como patrimônio histórico e cultural pela Prefeitura Municipal de Teresópolis.