Por Crispian Balmer e Matt Spetalnick
JERUSALÉM, 13 Jan (Reuters) - Israel prestou homenagem ao ex-primeiro-ministro Ariel Sharon no primeiro de dois eventos do funeral desta segunda-feira para um homem exaltado no país como um herói de guerra, mas visto por muitos no mundo árabe como um criminoso de guerra.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, compareceu à cerimônia realizada diante do Parlamento israelense, na qual o caixão de Sharon estava envolto numa bandeira de Israel e iluminado pela luz do sol do inverno.
"Estamos acompanhando ao lugar de descanso final, hoje, um soldado, um soldado excepcional, um comandante que sabia como vencer", disse o presidente israelense, Shimon Peres.
Sharon morreu aos 85 anos, no sábado, após passar os últimos oito anos em coma provocado por um forte derrame.
A morte do ex-premiê reabriu um debate sobre seu legado. Adversário o acusam de conduta implacável em operações militares, enquanto aliados o exaltam como um gênio da estratégia que surpreendeu o mundo em 2005 ao retirar militares e colonos israelenses da Faixa de Gaza --um território palestino ao sul e Israel.
"A segurança de seu povo sempre foi a firme missão de Arik --um compromisso inquebrável com o futuro dos judeus, seja a 30 ou a 300 anos de agora", disse Biden, chamando Sharon pelo apelido.
Depois da cerimônia no Parlamento, o corpo de Sharon será levado de carro de Jerusalém para a fazenda da família dele, a cerca de 10 quilômetros de Gaza, onde o ex-premiê será enterrado ainda nesta segunda.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lembrando que nem sempre concordava com Sharon em questões políticas --especialmente sobre a retirada de Gaza-- saudou o compromisso do ex-líder com a segurança de Israel.
"Arik entendia que em matéria da nossa existência e segurança, precisamos permanecer firmes. Estamos comprometidos com esses princípios", disse Netanyahu.
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