sexta-feira, 25 de abril de 2014

Ucrânia acusa a Rússia de querer iniciar uma nova guerra mundial


O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, denunciou nesta sexta-feira que a Rússia quer iniciar uma nova guerra mundial ocupando a Ucrânia "militar e politicamente" e criando um conflito que se estenderia ao resto da Europa. Tropas russas, que na quinta-feira se dirigiam para a fronteira com a Ucrânia, permanecem hoje a apenas um quilômetro do país, segundo Mijailo Koval, ministro de Defesa ucraniano. "As forças armadas ucranianas estão preparadas para repelir qualquer agressão", afirmou. "As tentativas de conflito militar na Ucrânia levarão a um conflito militar na Europa", preveniu Yatseniuk ante o Governo interino, em declarações emitidas ao vivo pela televisão. "O mundo ainda não esqueceu a Segunda Guerra Mundial mas a Rússia já quer iniciar a terceira", lamentou. "A operação antiterrorista segue adiante. Os terroristas deveriam estar de guarda as 24 horas do dia. Os civis não têm nada que temer", disse o ministro de Interior ucraniano, Arsen Avakov em seu perfil de Facebook. O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou Kiev de cometer "crimes sangrentos" através da operação antiterrorista no leste da Ucrânia que nesta semana entrou em sua segunda fase. "Eles [Kiev] estão fazendo uma guerra contra seu próprio povo. Este é um crime sangrento e aqueles que empurraram o Exército a fazer isso pagarão e terão que enfrentar a justiça", disse em uma reunião de diplomatas em Moscou. Sete pessoas ficaram feridas por uma explosão em um controle de estrada em Odesa O presidente dos Estado Unidos (EUA), Barack Obama, confirmou nesta sexta-feira que voltará a falar com os líderes da União Europeia (UE), segundo a agência Reuters. Na conversa, prevista para esta noite, será abordada a crise na Ucrânia e, no caso de que a Rússia não retroceda em sua escalada de violência, mais multas econômicas serão aplicadas contra o país que preside Vladimir Putin. Estas duras acusações chegam no mesmo dia em que sete ucranianos, entre eles um policial, ficaram feridos por uma explosão em um posto de controle a sete quilômetros da cidade de Odesa, ao sudoeste da Ucrânia, segundo o ministro do Interior do país, Arsen Avakov. Todos os feridos permanecem hospitalizados e, segundo os médicos, suas vidas estão fora de perigo. Fontes do Ministério ucraniano de Emergência assinalaram que a explosão pôde ter sido provocada pela detonação de uma bomba, embora não houve confirmação oficial.

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